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 | 21/10/2008 18h36min

Obama e McCain falam de economia na Flórida e na Pensilvânia

Votação antecipada deverá ser realizada por cerca de um terço dos eleitores este ano

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta terça-feira suas propostas econômicas no Estado da Flórida, enquanto o republicano John McCain citou novamente "Joe, o encanador" na Pensilvânia. Obama, que chegou ontem à Flórida, passará o dia naquele Estado, um dos mais disputados na campanha eleitoral e onde antecipadamente começou a votação.

Está previsto em cerca de um terço o total de eleitores que votará este ano, seja por correio ou pessoalmente, antes do pleito de 4 de novembro. Com Obama na liderança de uma corrida que ficará cada vez mais competitiva, os democratas não poupam esforços para mobilizar os eleitores o quanto antes.

— Podem começar a votar hoje, ou seja, quero que todo o mundo vá votar depois deste comício — afirmou na segunda-feira o candidato democrata na Flórida, Estado que votou nos republicanos nas duas últimas eleições e onde os dois aspirantes à Casa Branca estão empatados este ano.

Obama concentrou seus comícios na crise econômica vivida pelos EUA. O tema é sensível na Flórida, onde o desemprego supera a média nacional e as taxas de execução hipotecária estão entre as piores do país.

— Nós nos reunimos em momentos de grande incerteza para os Estados Unidos — disse hoje Obama, que participou de uma mesa-redonda sobre economia com vários governadores democratas, membros da comunidade empresarial, como o presidente do Google, Eric Schmidt, o ex-titular do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Paul Volcker, entre outros.

O democrata culpou novamente as políticas fracassadas do presidente George W. Bush e as de seu rival republicano e declarou que estes se preocupam mais com Wall Street do que com o cidadão comum. Para Obama, Bush e McCain mostraram-se dispostos a fazer todo o possível para enfrentar a crise em Wall Street, mas o presidente "fracassou na hora de enfrentar a crise na economia real" e o senador republicano "não a reconheceu plenamente".

Pesquisas

Muitas pesquisas publicadas nas últimas semanas mostram que a economia é a principal preocupação dos americanos. Eles dizem confiar mais em Obama do que em McCain para lidar com a pior crise dos últimos 80 anos no país. McCain negou hoje que a economia seja uma batalha que os republicanos dêem por perdida, embora historicamente os eleitores tenham castigado o candidato do partido que está no poder durante períodos de apertos econômicos.

— Escutem-me bem. Sou o candidato e esta campanha é sobre a economia — disse hoje o candidato republicano, em entrevista à rede de televisão CBS.

O jornal New York Daily News citou sobre o assunto, no início do mês, um estrategista de McCain. Ele disse à publicação que, caso se continuasse a falar sobre economia, os republicanos perderiam a eleição.

— Isso não é totalmente correto — enfatizou McCain, acrescentando que sua campanha está "centrada na economia".

O republicano fez hoje campanha na Pensilvânia, outro dos Estados-chave da campanha que, a apenas duas semanas do pleito, se inclina claramente para o lado de Obama. Durante sua passagem pela região, McCain aproveitou para mencionar Joe Wurtzelbacher, conhecido como "Joe, o encanador", cidadão que os republicanos citam como exemplo para falar sobre, segundo eles, erráticos planos econômicos do candidato democrata.

Wurtzelbacher se aproximou de Obama durante um comício recente em Ohio, no qual lhe disse que pensava adquirir um pequeno negócio e temia que o democrata aumentasse os impostos. Obama planeja majorar os tributos para os que ganham mais de US$ 250 mil, 5% da população, e baixá-los para o resto. Mesmo assim, a campanha de McCain insiste que Obama subiria os impostos para a classe média, e hoje não foi uma exceção.

— O sonho de Joe é ser proprietário de um pequeno negócio que crie empregos, e os ataques contra ele são ataques contra os pequenos negócios de todo o país — afirmou McCain, insistindo que Obama "subirá os impostos" para pessoas como Joe.

EFE
 
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