| 14/10/2008 21h12min
O Banco Central anunciou nesta terça-feira que vai realizar amanhã mais um leilão de swap cambial — contrato que troca o rendimento em juros pela oscilação da moeda americana. Vai colocar à disposição do mercado mais US$ 1 bilhão, em leilão previsto para as 11h, e o valor de corte (cotação da operação) será o das 10h30min.
Operações desse tipo equivalem a empréstimos temporários, quase sempre de 90 a 120 dias, ao fim dos quais os dólares retornam para o BC, de modo que não reduzem as reservas internacionais. Esse artifício vem sendo usado pela autoridade monetária desde o último dia 6 com o objetivo de conter o ímpeto de valorização do dólar em relação ao real. De lá para cá, o BC realizou sete desses leilões, através dos quais colocou US$ 8,896 bilhões à disposição dos bancos para impedir que o dólar negociado à vista tenha valorização excessiva.
Além dos leilões de swap cambial, o BC também já ofereceu a moeda americana em venda direta (nos dias 8, 9, 10 e 14). Mas
nesses casos não revela
valores. O certo, porém, é que as intervenções do BC têm dado resultado. Tanto que depois da desvalorização de quase 8% na véspera, em resposta ao arsenal de medidas anunciadas por diferentes países, a cotação da moeda americana, que desceu a R$ 2,04 na abertura do pregão de hoje, esboçou reação no final da manhã, alcançando R$ 2,12.
Para conter o impulso especulativo do dólar, o BC vendeu parte de suas reservas (não se sabe quanto) logo depois do meio-dia e pouco depois colocou mais US$ 1,235 bilhão em swap cambial. Medidas suficientes para que a moeda americana fechasse o pregão desta terça-feira cotada a R$ 2,091 para compra e R$ 2,093 para venda, com redução de 2,42% em relação aos R$ 2,145 de segunda-feira.
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