| 08/10/2008 18h50min
O Banco Central (BC) anunciou na noite desta quarta-feira mais duas alterações nas regras dos depósitos compulsórios — recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados na autoridade monetária — com o objetivo de dar mais "liquidez" (recursos) para o mercado financeiro emprestar a seus clientes.
Com as medidas anunciadas, serão injetados mais R$ 23,2 bilhões na economia, sendo R$ 16,9 bilhões na próxima sexta-feira e outros R$ 6,3 bilhões no início da próxima semana, de acordo com informações do BC.
A primeira medida anunciada aumenta a dedução sobre os depósitos compulsórios de R$ 300 milhões para R$ 700 milhões por instituição financeira. Com impacto previsto a partir da próxima segunda-feira, a medida deve injetar R$ 6,3 bilhões na economia, segundo previsão do BC.
A outra medida diz respeito a alíquota adicional de 8% sobre os depósitos compulsórios sobre depósitos à vista e a prazo.
Atualmente, a alíquota normal de
depósitos compulsórios à vista é de 45% e, para
os depósitos a prazo, é de 15%. Sobre estes valores, ainda são cobrados 8% adicionais.
Essa alíquota adicional de 8%, segundo informou o BC, por sua vez, será reduzida para 5% na próxima sexta, o que resultará na liberação de mais R$ 16,9 bilhões para as instituições financeiras emprestarem a seus clientes.
O compulsório sobre a poupança, informou a instituição, não está sendo alterada e permanece, deste modo, em 10%.
Segundo o BC, essa é a terceira alteração nas regras dos depósitos compulsórios desde a piora da crise financeira internacional.
Ao todo, com estas mudanças, a autoridade monetária já liberou cerca de R$ 60 bilhões para as instituições financeiras. Antes das alterações, R$ 259,4 bilhões eram retidos pelo BC em compulsório dos bancos (patamar do fim do mês de agosto). As informações são do site G1.
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