| 04/10/2008 15h22min
A minicúpula dos quatro países europeus no Grupo dos Oitos (G8, sete nações mais ricas do mundo e a Rússia), França, Alemanha, Reino Unido e Itália, concluiu nesteem Paris com vários acordos, entre eles o de apoiar os estabelecimentos bancários e financeiros a enfrentar a crise financeira mundial.
A reunião, convocada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, teve como participantes a chanceler alemã, Angela Merkel, e os primeiros-ministros britânico, Gordon Brown, e italiano, Silvio Berlusconi.
Em entrevista coletiva conjunta ao fim da reunião, Sarkozy expôs os acordos sobre os seguintes pontos: o apoio às entidades bancárias e financeiras em dificuldades, e o compromisso dos chefes de Estado ou governo presentes de punir os diretores responsáveis das empresas em falência. Além disso, as potências pediram à Comissão Européia (CE) "flexibilidade" sobre as ajudas estaduais às empresas.
— A aplicação do pacto de estabilidade e de crescimento deverá
refletir as circunstâncias
excepcionais nas quais nos encontramos — afirmou Sarkozy.
Um outro ponto é fazer, com uma futura proposta da Comissão, uma reforma das regras contábeis das entidades financeiras.
Da reunião também participaram os presidentes da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que estiveram presentes na entrevista coletiva final. Sarkozy, que preside a UE este semestre, afirmou que falou e conversará com outros líderes europeus.
— Queremos assentar as bases de um capitalismo empresarial e não especulador — declarou o presidente francês, ao ressaltar que a reunião de hoje é uma prova de que a "Europa existe e dá uma resposta" a esta crise financeira.
Berlusconi, por sua vez, destacou a necessidade de "preservar a confiança em nosso sistema bancário" e explicou que o documento aprovado hoje constitui uma proposta "a nossos parceiros" da UE.
Esta reunião é "um primeiro passo" e seguirá
o Conselho de Ministros de Economia e Finanças da UE de segunda-feira e o Conselho Europeu, de 15 a 16 de outubro, para continuar tratando da resposta européia à crise, disse o primeiro-ministro da Itália.
— O BCE e as instituições competentes trabalharam para elaborar novas regras que garantam a transparência e o controle — acrescentou Berlusconi.
Merkel destacou que o consenso alcançado hoje "é uma contribuição à confiança no sistema financeiro". Brown acrescentou que, com o estipulado nesta reunião, "se assegura a liquidez para preservar a confiança e estabilidade" do sistema financeiro. Trichet ressaltou que esta é "a crise mais grave depois da II Guerra", e defendeu "restabelecer a confiança" no sistema financeiro.
Entenda a crise:
Da esq. para a direita: Junckers, Berlusconi, Merkel, Sarkozy, Brown, Barroso e Trichet
Foto:
Lucas Dolega/EFE
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.