As Bolsas de Nova York iniciaram o pregão de hoje em alta, apesar do anúncio do maior corte desde março de 2003 no número de vagas de trabalho nos Estados Unidos em setembro, com investidores focados na iniciativa do banco Wells Fargo, o terceiro maior do mundo em valor de mercado, de adquirir o Wachovia sem assistência do governo.

Às 10h35 (de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,06%, o Nasdaq 100 avançava 1,55% e o S&P 500 tinha alta de 1,63%.

— A aquisição do Wachovia pelo Wells Fargo é mais importante nesse momento do que o relatório de emprego — disse o economista do Nomura Securities, David Resler.

O Wells Fargo concordou em pagar pouco mais de US$ 15 bilhões. O Wells Fargo também irá assumir a dívida e as ações preferenciais (PN) do Wachovia. A operação ainda prevê emissão de até US$ 20 bilhões em novas ações, na maioria ordinárias (ON). A operação desfaz um acordo em princípio estabelecido com o banco Citigroup na segunda-feira (dia 29), pelo qual o Citi iria adquirir as operações bancárias do Wachovia, por US$ 2,16 bilhões, com apoio do governo dos EUA.

As ações do Wachovia dispararam 66% no pré-mercado em Wall Street e os do Citigroup despencaram 12%; os papéis do Wells Fargo subiram 3%.

Hoje, o Departamento do Trabalho americano informou corte de 159 mil vagas de trabalho em setembro nos EUA, maior corte desde março de 2003, em vários setores, incluindo o de manufatura, de construção e muitos segmentos do setor de serviços. Economistas esperavam corte de 105 mil vagas em setembro. A taxa de desempregou manteve-se em 6,1%. O mercado de trabalho está cortando vagas desde o início do ano. "Os números nos mostram que estamos em recessão", acrescentou Resler.

O mercado irá operar também na expectativa da apreciação pela Câmara dos Representantes dos EUA do pacote revisado de ajuda às instituições financeiras, que foi aprovado na quarta-feira (dia 1º) pelo Senado americano. A Câmara havia rejeitado na segunda-feira (dia 29) um pacote que não incluía todas as modificações presentes na proposta aprovada pelo Senado.

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