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 | 03/10/2008 16h38min

Nações européias buscam aliança para conter crise

Líderes de França, Alemanha, Itália e Reino Unido se reunirão em Paris neste sábado

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, se reunirá neste sábado em Paris com líderes de Alemanha, Itália e Reino Unido na busca de uma posição comum para enfrentar a atual crise financeira mundial. De antemão, a criação de um fundo europeu para salvar o setor financeiro, se necessário, está descartada.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, que também participará deste encontro dos quatro países europeus do G8 (as sete nações mais ricas do mundo mais a Rússia) antecipou que Sarkozy lembrará "que a única saída" para a crise "é coletiva".

Fillon ressaltou que o encontro servirá para tentar evitar que um sistema que se mostrou "irresponsável" caia no abismo. Para isso, a França irá propor que a União Européia (UE) "dê segurança a seus sistemas bancários, descongele o crédito e coordene sua estratégia econômica e monetária". 

Além de Sarkozy, Angela Merkel (Alemanha), Silvio Berlusconi (Itália) e Gordon Brown (Reino Unido), também estarão na reunião de Paris os presidentes da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso, o do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e o do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

O secretário de Estado de Assuntos Europeus francês, Jean-Pierre Jouyet, disse que todos europeus têm que estar "de acordo para intervir quando e onde for necessário para evitar qualquer risco, seguindo modalidades que podem ser diferentes de um Estado para o outro".

Dessa forma, os quatro maiores países europeus descartam a idéia de criar um fundo europeu para salvar o sistema bancário, assim como o aprovado nos Estados Unidos. A Alemanha fez dura oposição à adoção do fundo, que poderia chegar a 300 bilhões de euros.

Merkel afirmou que prefere uma ação adaptada para cada caso e tratada por cada país, uma idéia que compartilha com o primeiro-ministro do Reino Unido. Brown, no entanto, não vê com maus olhos algum tipo de coordenação a nível europeu frente à crise.

Na posição de Londres pode ter pesado a decisão das autoridades irlandesas de oferecer garantias a todos os depósitos em seis bancos do país, com o evidente risco de transferência de fundos de outras entidades e, em primeiro lugar, das britânicas.

Já Berlusconi, na linha mais protecionista de seu atual Governo, anunciou que quando seu país presidir o G8 no ano que vem, ele pretende estabelecer "uma lista de regras que criem um clima jurídico mais rigoroso e moral" no sistema financeiro internacional.

Sarkozy também quer aproveitar a crise financeira nos Estados Unidos, cujo sistema liberal permitiu altos riscos ao mercado creditício, para impor um novo modelo de regulação internacional, que inclui limitações às vendas a descoberto de valores financeiros, novas normas contábeis, entre outros itens.

Para tratar de acalmar o descontentamento de países europeus que ficaram à margem da cúpula de paris, Jouyet se esforçou em precisar que o objetivo imediato é "preparar as respostas européias para a reunião de ministros de Finanças" dos países mais industrializados que será realizada na próxima semana em Washington.

Entenda a crise:

EFE
 
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