| 30/09/2008 14h56min
O jornal conservador The New York Sun publicou nesta terça-feira sua última edição, após mais de seis anos no mercado, devido aos prejuízos que estava registrando e coincidindo com a crise financeira que afeta Wall Street. O jornal, cujo lema era "Brilha para todos", fecha devido às dificuldades de encontrar apoio financeiro nesta época de crise, explicaram os diretores.
— Este mês, para não falar esta semana, foi um dos piores do século para tentar encontrar uma injeção de capital e, no final, não tínhamos nem dinheiro nem tempo — explicou seu diretor, Seth Lipsky, aos funcionários do periódico em seu discurso de despedida.
O último número do jornal foi publicado exatamente um dia depois de as bolsas de Nova York terem sofrido a maior queda em pontos de sua história (777,68 pontos) e sua maior baixa percentual desde os atentados de 11 de setembro de 2001 (6,98%).
Além disso, nesta segunda-feira a Câmara de Representantes dos Estados Unidos
rejeitou, surpreendentemente, o plano de
resgate financeiro elaborado por Washington.
O prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, lamentou o fechamento do jornal, de cujas reportagens disse que eram "inteligentes, reflexivas, provocativas e, em algumas ocasiões, inclusive corajosas".
— Em uma cidade saturada pela cobertura de notícias e opiniões, o Sun brilhou intensamente, embora por pouco tempo — disse Bloomberg.
O primeiro número do jornal saiu nas bancas em 16 de abril de 2002 custando US$ 0,50, com o mesmo de outro periódico da cidade, o The Sun (1833-1966), e como alternativa ao The New York Times. Tanto seu diretor quanto muitos de seus redatores procediam da edição inglesa do semanário judeu-americano em iídiche The Forward.
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