| 26/09/2008 21h53min
O Brasil está acompanhando a sucessão presidencial nos Estados Unidos com interesse e sem interferência, disse nesta sexta, em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Segundo ele, a relação do Brasil com os Estados Unidos é entre Estados e não deverá ser afetada seja qual for o resultado das eleições americanas, marcadas para 4 de novembro:
— Todos faziam prognósticos que a relação do presidente Lula com o presidente Bush seria muito difícil. No entanto, foi muito pragmática, muito positiva — comparou o ministro.
Ele não quis comentar qual resultado seria mais positivo para o Brasil e ressaltou que política internacional vai além de simpatias pessoais. Amorim, que cumpre agenda em Nova York até a próxima segunda-feira, disse que pretende acompanhar o debate entre os candidatos Barack Obama e John McCain previsto para a noite desta sexta.
Em relação à crise financeira americana, Amorim disse acreditar que o impasse entre o
governo e o Congresso dos Estados Unidos
sobre o pacote de salvamento proposto pelo presidente George W. Bush deve ser resolvido em breve. Segundo ele, o tema é muito importante para ser tratado com política partidária ou ideológica.
— Está parecendo votação de CPMF [imposto do cheque]no Brasil — brincou Amorim, ao avaliar a dificuldade de acordo entre o governo e os congressistas americanos.
Amorim levou a sugestão de realizar uma reunião de ministros da Fazenda de diversos países para debater o assunto aos representantes do grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia e China (Bric).
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