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 | 17/09/2008 07h12min

Regras para exploração do petróleo pré-sal saem em outubro

Brasil estuda aumentar tributos sobre as áreas descobertas

Com a euforia promovida pelas novas descobertas no pré-sal, o setor energético brasileiro começa a listar os obstáculos que terá para explorar a riqueza. Do governo, o segmento espera, sobretudo, o marco regulatório para a exploração das reservas de petróleo do pré-sal.

Nessa terça, dia 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou que o marco deve ficar pronto no próximo mês. O mercado esperava pelo documento ainda em setembro.

Ao lado do primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, Lula elogiou a taxa cobrada, na Noruega, das empresas que exploram o setor do petróleo, mas avisou que o Brasil não vai simplesmente copiar o modelo norueguês de exploração do pré-sal.

Um aumento do tributo cobrado no Brasil sobre a exploração do petróleo, hoje em torno de 65%, será uma das alternativas a serem apresentadas a Lula, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

– É um exemplo extraordinário. Na Noruega, as empresas estrangeiras pagam 78% de imposto para o governo e não reclamam – comentou Lula, confirmando que quer definir o modelo brasileiro de exploração do pré-sal depois das eleições, dia 5 de outubro.

O presidente garantiu que não pretende copiar o modelo norueguês de fundo de petróleo, porque “cada país vai criar as coisas em função da sua história, da sua cultura, das suas peculiaridades”.

Aprimorar maquinário é o desafio da indústria

É neste momento de discussões e descobertas que se realiza até esta quinta, dia 18, a Rio Oil & Gás, feira carioca que cresceu em importância com os últimos anúncios da área.

Nessa terça, no evento, a consultoria Gás Energy divulgou suas estimativas sobre o potencial de geração de gás sobre a área pré-sal abaixo da Bacia de Campos: 120 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Atualmente, o consumo nacional gira em torno de 60 milhões de metros cúbicos. Metade desse volume é importado da Bolívia.

Para a indústria, aprimorar o maquinário de perfuração dos poços é um dos desafios.

– O diferencial dos poços brasileiros, em relação às outras fontes de pré-sal, como Golfo do México e Norte da África, é a profundidade um pouco maior. Isto exige outro patamar tecnológico e demandará parcerias com outras empresas – comentou Chad Deaton, dirigente da Baker Hughes.

Em dezembro, a Petrobras lançará um plano para o pré-sal da Bacia de Santos, que definirá o sistema logístico e de escoamento do petróleo e gás produzidos na região.

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