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 | 11/09/2008 14h25min

Para embaixador boliviano, a situação no país foi provocada por "atos terroristas"

Mauricio Dofler respondeu a perguntas em coletiva de imprensa

Durante coletiva de imprensa, o embaixador da Bolívia no Brasil, Mauricio Dofler, negou hoje que os dois países tenham enfrentado anteriormente momentos de ameaça de corte no suprimento de gás natural em função de crises políticas. Segundo ele, a atual situação na Bolívia foi provocada por "atos terroristas" que não podem ser previstos por nenhum governo.

— Durante os últimos 35 anos que a Bolívia é provedora de gás, sobretudo nesses dois últimos anos, não houve um único dia que a produção feita nos campos da Bolívia não tenha cumprido contrato com o Brasil. São atos excepcionais vinculados ao vandalismo, organizados e premeditados. Vamos fazer o necessário para continuar sendo um parceiro confiável.

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Dofler lembrou que ontem o governo boliviano entrou em contato com o secretário-geral do Itamaraty, embaixador Samuel Pinheiro, e com o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e informou:

— Nossa posição à respeito da situação na Bolívia e explicando quais medidas o governo está adotando para assegurar a estabilidade política interna, erradicar esses atos de terrorismo e adotar todas as medidas para que a ordem seja respeitada.

Ele reforçou que comunicado divulgado ontem pelo governo brasileiro representa "claro respaldo" ao governo de Evo Morales e que a idéia é estabelecer um trabalho de intercâmbio de informação permanente entre autoridades brasileiras e bolivianas.

— A empresa estatal de petróleo boliviana também está trabalhando com a Petrobras. Isso é muito importante, todos os detalhes técnicos que vão resultar das inspeções vão ser comunicados — disse o Mauricio.

Em relação aos pontos de fronteira entre os dois países, o embaixador se limitou a dizer que a situação "varia". Ele admitiu que a Bolívia "lamentavelmente" registrou a tomada de algumas instituições e que isso gera "algumas dificuldades", mas reforçou que as Forças Armadas bolivianas e outras autoridades do país estão retomando o controle desses espaços.

O objetivo, segundo o embaixador, é "não apenas para garantir o fluxo de gás, mas para manter o fluxo de comércio e de pessoas".

Questionado sobre a decisão de Evo Morales de expulsar o embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, Philip Goldberg, Dofler avaliou que o presidente foi "absolutamente claro" e que "uma série de elementos indicavam uma intromissão em assuntos internos por parte do embaixador". Ontem, Morales declarou que Goldberg é persona non grata e orientou o chanceler David Choquehuanca a expulsá-lo imediatamente do país.

AGÊNCIA BRASIL
 
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