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 | 11/09/2008 12h17min

SC Gás elabora plano de contingenciamento

Devido à situação na Bolívia, redução do abastecimento de gás pode chegar a 40%

A SC Gás, distribuidora de gás no Estado, deverá elaborar um plano de contingenciamento para o caso de redução no abastecimento do produto. A informação é do presidente da empresa, Ivan Ranzolin.

A situação é resultado da explosão de um trecho de um gasoduto no Sul da Bolívia, depois que opositores do presidente Evo Morales ocuparam um campo petrolífero e uma estação de gás natural. Isso fará com que a Bolívia reduza o envio de gás ao Brasil. O conserto do gasoduto deve demorar de 15 a 20 dias.

Até a noite desta quarta-feira, a previsão era de que o corte seria de 10% nos atuais 31 milhões de metros cúbicos diários fornecidos ao Brasil. Santa Catarina, que depende exclusivamente do gás boliviano, não seria afetada em um primeiro momento.

Mas, na manhã desta quinta-feira, a SC Gás recebeu um comunicado da Petrobras informando que todas as 23 distribuidoras do Brasil devem apresentar com urgência um plano de contingenciamento. Segundo Ranzolin, a situação se agravou na Bolívia e a queda no abastecimento pode chegar a 40%. O conflito acontece na área onde a Petrobras extrai o gás para mandar para o Brasil. 

— Isto não quer dizer que já tenha ocorrido, mas o temor da Petrobras faz com que, preventivamente, nós tomemos uma posição. O abastecimento é basicamente dos três estados do Sul e de São Paulo, que consome 50% dos 31 milhões de metros cúbicos diários. Então, se não tiver um plano de contingenciamento, pode-se ter uma situação de alta gravidade.

Plano deve ser apresentado nesta quinta-feira

— Nós vamos fazer uma reunião, vamos fazer contato com todos os nosso clientes e tomar as medidas que temos que tomar. Estamos preparados para isso, nós temos um plano de contingência já elaborado há dois anos. Mas é preocupante, sem dúvida nenhuma, porque o Brasil não tem como interferir numa situação dessa, é uma situação política de natureza grave que está acontecendo na Bolívia.

Quando há contingenciamento, a pressão nos tubos é diminuída e as distribuidoras recebem apenas a quantidade de gás que a Petrobras determinar. O corte, ainda a ser definido, será o mesmo para todas as distribuidoras. Segundo Ivan Ranzolin, o plano deve ser apresentado nesta quinta-feira e pode entrar em funcionamento imediatamente. 

— Isso pode durar um, ou dois, ou cinco dias. Não se sabe, porque tudo depende do abastecimento. É uma situação preocupante.

O consumo atual de gás no Estado é de 1,7 milhão de metros cúbicos/dia. Em caso de escassez, os postos de combustível, que oferecem alternativas aos donos de carros com GNV, seriam os primeiros a sofrer cortes.

Em seguida seriam afetadas as áreas comercial e residencial e, por último, a indústria. O segmento cerâmico do Estado é o maior dependente do gás boliviano, consumindo quase 60% do volume importado por SC.

CBN/DIÁRIO
 
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