O novo governo do Paraguai pretende forçar a revisão pelo Brasil do contrato da usina binacional de Itaipu. A informação é do advogado Euzébio Alvarenga, indicado para ser diretor jurídico da representação paraguaia na hidrelétrica no governo de Fernando Lugo, que toma posse nesta sexta-feira. Confira alguns trechos da entrevista com Alvarenga:

Zero Hora - Quais são os planos do governo para Itaipu?
Euzébio Alvarenga - Nós vamos levar adiante a recuperação da soberania energética. Nós entendemos que existe uma desigualdade em matéria de benefícios da binacional. A direção de Itaipu (representação paraguaia) vai se encarregar de tratar de abrir a entidade binacional para que ela se converta em uma entidade em que se conheça o manejo, o funcionamento e que se tenha um controle dos benefícios que a usina produz.

ZH - Por que existe desigualdade de benefícios para o Paraguai?
Euzébio - Ela existe desde o momento em que o contrato foi firmado, há mais de 30 anos. Para nós, se trata de um contrato leonino, é uma espécie de contrato de adesão que foi imposto ao Paraguai. É por isso que, na medida de nossas possibilidades, nós entendemos que se trata de uma binacional e qualquer decisão não passa por uma determinação unilateral da direção paraguaia. A questão é que devemos gerar um diálogo sincero.

ZH - Haverá rupturas com o governo brasileiro?
Euzébio - De maneira alguma. A intenção não é essa. Pelo contrário. Nós queremos conciliar interesses dois lados.


Leia a entrevista completa na edição desta sexta-feira de Zero Hora