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 | 12/08/2008 17h25min

Ibovespa recua 0,4% nesta terça e perde 5,3% em quatro dias

Bolsa ampliou as perdas de agosto para 8,41% e as de 2008 para 14,69%

Atualizada às 17h39min

Por pouco a Bovespa não conseguiu descolar-se de Nova York: trabalhou o dia todo em alta, sustentada por Petrobras e Vale. Mas as perdas firmes das principais bolsas americanas, juntamente com o enfraquecimento das ações de ambas as empresas fez com que o principal índice da Bolsa paulista virasse e fechasse, de novo, com sinal negativo. Foi o quarto dia seguido de baixas, período no qual acumulou retração de 5,3%.

O Ibovespa perdeu 0,4% e fechou aos 54.503,0 pontos, ampliando as perdas de agosto para 8,41% e as de 2008 para 14,69%. Oscilou hoje entre a mínima de 54.325 pontos (-0,72%) e a máxima de 55.355 pontos (+1,16%). O volume financeiro totalizou R$ 5,19 bilhões.

A reação ao lucro recorde de R$ 8,783 bilhões registrado pela Petrobras no segundo trimestre deste ano fez com que os investidores mantivessem constantemente ordens de compras para os papéis da empresa. E isso ajudou a segurar a alta do Ibovespa na maior parte do dia.

No final do pregão, entretanto, os ganhos das ações foram reduzidos e, com a inversão para o negativo dos papéis da Vale, o índice sucumbiu às perdas em Wall Street.

Petróleo

Além da queda do petróleo o dia todo alfinetando o desempenho da Petrobras — em Nova York, o barril perdeu 1,26%, para US$ 113,01 —, pouco antes de o pregão terminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a camada pré-sal não deve ficar concentrada "na mão de meia dúzia de empresas".

Segundo ele, o petróleo brasileiro não é da Petrobras, mas "do povo", e é preciso discutir o destino desse petróleo. Nas últimas semanas, os investidores vêm reagindo com vendas às notícias de que o governo planeja criar uma empresa para explorar a camada pré-sal, o que esvaziaria a Petrobras.

As ações ON da petrolífera avançaram 0,85% e as PN, 1,13%. No melhor momento do pregão, chegaram a avançar 3,86% e 3,36%, nesta ordem.

Vale também foi alvo de vendas com a piora em Nova York e com a influência dos metais em queda. As ações viraram e perderam 0,57% as ON e 0,03% as PNA (subiram 1,99% e 1,64% na máxima do dia, respectivamente).

Por causa da desaceleração da demanda prevista para a economia global, o setor siderúrgico caiu em bloco, enquanto os bancos recuaram por causa das notícias ruins do setor nos Estados Unidos e Europa, razões para a queda dos principais índices americanos. Gerdau PN, por exemplo, perdeu 3,08%, enquanto Bradesco PN recuou 1,30%.

Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 1,19%, o S&P perdeu 1,20% e o Nasdaq fechou com variação negativa de 0,38%.

O banco de investimentos JPMorgan anunciou baixa contábil de US$ 1,5 bilhão em títulos lastreados por hipotecas no trimestre atual; o Morgan Stanley informou que está recomprando US$ 4,5 bilhões em títulos com rendimento definido em leilão, enquanto o Wachovia revisou em alta seu prejuízo trimestral para refletir um provável impacto de US$ 500 milhões antes de impostos provocado por um acordo sobre títulos desse tipo.

Na Europa, o banco UBS anunciou prejuízo no segundo trimestre, depois de computar US$ 5,1 bilhões em perdas contábeis.

Para amanhã, a volatilidade na Bovespa tende a ser ainda maior por conta do vencimento de Ibovespa futuro e de opções sobre Ibovespa. A agenda doméstica está esvaziada de eventos relevantes, e as atenções devem se voltar para as vendas no varejo nos EUA e para os dados de estoques de petróleo divulgados lá.

Agência Estado
 
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