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 | 07/08/2008 03h08min

Lair reconhece que omitiu informações sobre Detran

Réu em processo sobre fraude diz que se dispõe a forncer nomes

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

Ao admitir que omitiu informações sobre o Caso Detran, o lobista Lair Ferst afirmou ontem que está disposto a fornecer às autoridades nomes de pessoas que não teriam sido citadas na investigação. O objetivo, segundo Lair, seria melhorar sua própria defesa. A manifestação de Lair ocorre uma semana depois de a Justiça ter bloqueado ordens de pagamento em favor dele no valor de R$ 200 mil, interrompendo parte de seu fluxo financeiro.

— Tem responsabilidades que foram atribuídas a mim que não têm nada a ver comigo. Em compensação, tem pessoas que têm responsabilidade que não foram nem citadas (no processo) — explicou o lobista em entrevista a Zero Hora.

Ontem, ele deu destaque à existência de uma carta de nove páginas que redigiu para enviar à governadora Yeda Crusius e na qual relatava detalhes da fraude no Detran, que lesou o erário em pelo menos R$ 44 milhões. Um rascunho da carta, apreendido pela Polícia Federal (PF) durante as buscas da Rodin, em 6 de novembro, foi publicado por Zero Hora na edição de 6 de junho.

— Se houver a decisão (de dar novas informações às autoridades), a carta será uma das peças. A carta completa, que está com o MPF. Eles (os procuradores) têm a carta, mas a carta é uma peça que tem de detalhar, decifrar o que está escrito. Eu faria o detalhamento disso — ponderou o lobista, que é um dos 40 réus no processo da Rodin.

Lobista sugere que poderá falar sobre compra de casa

Um dos pontos que Lair se diz capaz de esclarecer é um trecho do último depoimento que deu aos federais, em 6 de março. “Que no âmbito dos dois encontros que manteve com Flavio Vaz Netto (à época, presidente do Detran e também réu na Rodin), por iniciativa deste entre junho e agosto de 2007, foram debatidos assuntos esclarecedores sobre a Fundae, Sistemistas e sobre a participação de Flavio Vaz Neto e de outras pessoas em situações que o requerido reputa irregulares e no entanto por estratégia defensiva considera prejudicial que revele nesse momento o conteúdo das conversas”, diz o texto.

Sobre a compra da casa da governadora e a possibilidade de ter tratado diretamente com ela sobre a troca de fundações no Detran, Lair se esquiva e dá a entender que poderá falar dos assuntos no futuro.

Jefferson Botega / 

Lair Ferst afirmou ontem que está disposto a fornecer às autoridades nomes de pessoas que não teriam sido citadas na investigação
Foto:  Jefferson Botega


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