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 | 05/08/2008 03h58min

Governadora diz que pai de Martini comprou imóvel

Yeda sustenta que parte dos R$ 750 mil foram obtidos com a venda de apartamento

Na defesa apresentada ao Ministério Público de Contas, a governadora Yeda Crusius afirmou que obteve parte do dinheiro necessário para a compra de uma casa por R$ 750 mil com a venda de um apartamento em Capão da Canoa ao pai do ex-secretário-geral de Governo Delson Martini.

A aquisição da casa no bairro Vila Jardim, na Capital, ocorreu em 2006 e está sendo questionada pela oposição, que afirma que o valor de compra estaria além da capacidade de pagamento da governadora.

Segundo a certidão do imóvel, Yeda pagou R$ 550 mil no ato da compra e prometeu pagar o restante – R$ 200 mil – quando o antigo dono liquidasse duas ações judiciais de cobrança.

De acordo com a defesa, a entrada foi paga após Yeda vender, por R$ 592 mil, dois apartamentos e um carro. Entre os documentos, está um contrato de venda de apartamento em Capão da Canoa, por R$ 180 mil, ao empresário Delacy Martini. A informação foi revelada ontem no site do jornal Folha de S.Paulo. A oposição também alega que o imóvel não poderia ser vendido porque havia sofrido bloqueio judicial.

Yeda tem renda para quitar o imóvel, diz advogado

O então secretário foi demitido em junho, após a divulgação de gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal (PF) nas quais é citado por acusados de participar da fraude milionária do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Ele também comprou, por R$ 32 mil, o Passat 1998 vendido pela tucana antes da aquisição da casa.

O ex-secretário é amigo de Yeda há cerca de 30 anos. Economista, foi aluno dela na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e seu assessor na Câmara.

Segundo o advogado Paulo Olimpio Gomes de Souza, que defende Yeda, o apartamento foi vendido a Delacy em novembro de 2006, e o fato de Yeda e o ex-secretário serem amigos não põe o negócio sob suspeita. Ele afirma que a governadora, antes da venda, obteve uma decisão judicial que suspendeu a penhora.

– O que estão fazendo é uma ilação com fins políticos. Todas as vendas estão documentadas, foram feitas com cheques, há extratos de pagamento anexados na defesa – criticou Souza.

De acordo com o advogado, Yeda e o marido, Carlos Crusius, têm renda suficiente para pagar os R$ 200 mil que faltam para a quitação da casa. Delacy e Delson Martini não foram localizados ontem. No posto de combustíveis de Delacy, em Progresso, a informação era de que ele estava viajando.

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