A governadora Yeda Crusius defendeu, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a proposta de aumento de 143% em seu próprio salário. O reajuste seria repassado para o vice-governador e para o secretariado.

— Não apenas dou aval (à discussão da proposta), como explico: cada deputado ganha R$ 12 mil, o presidente da Assembléia ganha R$ 17 mil, o teto do Judiciário é R$ 22 mil. Os secretários ganham R$ 4 mil — detalhou. 

O aumento possibilitaria uma equiparação do salário dos secretários ao dos deputados. Se vingar o reajuste, o salário de Feijó e dos secretários subirá de R$ 6,1 mil para R$ 11,5 mil - um acréscimo de quase 89%. Com o reajuste, o vencimento de Yeda passaria de R$ 7,1 mil para R$ 17,3 mil. Com isso, seria possível qualificar o primeiro escalão do governo:

— Eles não devem ter um alto salário, mas um salário compatível para eles saírem de uma função onde ganham muito mais no setor privado.

O projeto para elevar o salário começou a tramitar na Assembléia Legislativa por iniciativa do presidente da Casa, Alceu Moreira.

Composição de partidos no governo mudará

Uma carta compromisso resultante dos trabalhos realizados pelo gabinete de transição deve ser apresentada na semana que vem para os secretários. Yeda antecipa que o documento deve propor mudanças na composição partidária do governo.

Outra medida será o maior debate ético que evite crises como a recentemente vivida pelo governo — como a que motivou a criação do gabinete.

— A mudança do secretariado não deve ser uma reforma.

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