Notícias

 | 18/07/2008 17h21min

Uruguai pretende construir termelétrica a carvão no Rio Grande do Sul

Opção é melhor, em termos ambientais, do que transportar o carvão em caminhões, segundo o ministro de Minas e Energia

O Uruguai estuda construir uma usina termelétrica movida a carvão na cidade de Candiota, no Rio Grande do Sul, como uma forma de reduzir o atual déficit energético, disseram autoridades dos dois países. Segundo o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o projeto já está sendo negociado e tem o total apoio do governo federal.

A usina teria capacidade para gerar 350 megawatts (MW) de eletricidade, que seriam enviadas quase exclusivamente ao mercado uruguaio. A opção de construir a usina no Brasil é melhor em termos ambientais do que transportar o carvão em caminhões até território uruguaio, o que deixaria "um rastro de pó no caminho", pois é um produto poluente, destacou o ministro.

Lobão e o titular de Minas e Energia do Uruguai, Daniel Martínez, assinaram nesta sexta-feira, dia 18, no Rio de Janeiro, um acordo que oficializa a transferência de 72 MW por dia ao Uruguai a partir de hoje, segundo o aprovado recentemente pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Martínez disse que o Uruguai está disposto a investir mais em tecnologias modernas para reduzir o impacto ambiental da nova usina e que, de qualquer forma, o governo uruguaio espera aumentar de 72 MW até 500 MW por dia suas compras de eletricidade brasileira.

Embora não erga a termelétrica no Brasil, o Uruguai financiará a construção da linha de transmissão até território uruguaio, disse Martínez a jornalistas em entrevista coletiva junto com Lobão, na sede do CNPE.

Por enquanto, os 72 MW para o Uruguai provirão de centrais hidroelétricas e serão enviados em qualidade de empréstimo, através de uma estação convertedora entre a fronteira de Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento. Pelo acordo, a energia não será paga em dinheiro, mas devolvida quando o país vizinho tiver excedentes, entre setembro e novembro.

– Sempre que os países vizinhos precisarem, vamos ajudar. Neste momento, essa energia não nos é necessária, mas será essencial para eles – argumentou Lobão.

AGÊNCIA EFE
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.