Notícias

 | 15/07/2008 17h23min

Bovespa fecha em alta de 0,48% a 61.015 pontos

No mês, a Bolsa acumula perda de 6,16% e, no ano, de 4,49%

Atualizada às 18h02min

Embalada pela inversão de rumo das bolsas americanas no meio da tarde, a Bovespa passou a subir e conseguiu manter o rumo até o fechamento — o que não ocorreu com Nova York. Embora as principais ações brasileiras, da Vale e da Petrobras, tenham recuado, os ganhos da Bolsa foram sustentados por uma alta generalizada na grande maioria dos papéis do Ibovespa, principal índice.

Depois de tombar 3,18% pela manhã, aos 58.790 pontos, o Ibovespa avançou até atingir a máxima de 1,58% no meio da tarde, aos 61.679 pontos. Conseguiu carregar até o fechamento uma elevação de 0,48%, aos 61.015,1 pontos.

Foi a segunda sessão consecutiva a registrar alta. No mês, acumula perda de 6,16% e, no ano, de 4,49%. O volume financeiro totalizou R$ 6,167 bilhões. Petrobras PN perdeu 0,81%, Petrobras ON recuou 1,63%, Vale PNA cedeu 0,98% e Vale ON caiu 2,14%.

Em Nova York, o Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006, ao cair 0,84%, para 10.962,5 pontos. O S&P terminou em baixa de 1,09%, mas o Nasdaq subiu 0,13%.

Petróleo

Um pouco mais cedo, Dow Jones e S&P até subiram, embalados pelo tombo no preço do petróleo. O contrato futuro para agosto recuou 4,44%, ou US$ 6,44, na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 138,74 por barril — maior queda em dólares desde janeiro de 2001 —, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a estimativa de demanda nos próximos meses em função do declínio do crescimento econômico e da crescente conservação de combustíveis. A queda do dólar deu sua contribuição à redução dos preços.

Mas o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no Congresso americano e também os indicadores econômicos conhecidos não deram trégua ao mau humor, justificando a queda dos índices acionários nova-iorquinos.

A inflação no atacado medida pelo índice de preços ao produtor subiu 1,8% em junho ante maio (ante previsão de +1,5%) no dado cheio e 0,2% no núcleo (ante previsão de 0,3%), que exclui os preços de energia e alimentos. As vendas no varejo avançaram 0,1% em junho (ante 0,5% previsto) e os estoques de empresas em maio subiram 0,3% (ante 0,6% estimado).

Já a culpa que cabe a Bernanke refere-se às afirmações de que a economia dos EUA enfrenta "numerosas dificuldades" e que há um cenário "incomumente incerto" da inflação.

Além disso, ele alertou que o Fed está monitorando qualquer sinal de que os preços mais altos da energia e das matérias-primas (commodities) estão se tornando embutidos nos salários e nas expectativas.

O mercado, depois, interpretou que os comentários de Bernanke sugerem que aumentos das taxas de juro são improváveis antes do fim do ano, exceto no caso de um forte aumento nas expectativas de inflação ou de um fim rápido da turbulência financeira.

Bernanke, por outro lado, disse que o sistema bancário dos EUA está bem capitalizado e que questões bancárias estão centradas "menos em solvência" e mais na "capacidade para oferecer o crédito de que nossa economia precisa". O presidente do Fed disse ainda que a falência do banco IndyMac foi "inevitável".

— Se os indicadores ajudarem, é possível recuperar os 63 mil, 64 mil pontos ainda nesta semana — avalia o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés, a respeito do Ibovespa.

Ele ainda não acredita que o pior já passou, mas faz a ressalva que, se a safra de balanços no Brasil for boa e coincidir com uma trégua nos EUA, certamente a recuperação mostrará mais vigor ainda no curto prazo, no final do mês e em agosto.

Agência Estado
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.