Notícias

 | 09/07/2008 19h45min

Parlamentares afirmam que movimentos sociais são criminalizados e reprimidos no país

Assunto foi debatido pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados

Luciane Kohlmann, Brasília (DF)  |  reportagem@canalrural.com.br

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados discutiu nesta quarta-feira, dia 9, a forma como os movimentos sociais são tratados no Brasil. Para os parlamentares, eles estão sendo criminalizados e reprimidos em todo o país e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) seria um deles.

O debate contou com a presença de representantes de diversos movimentos, mas, o que era para ser um debate, acabou virando apenas uma discussão sem opiniões contrárias, já que nenhuma autoridade que critique as ações do MST compareceu à audiência pública.

Os parlamentares e representates de entidades denunciaram no encontro que os movimentos sociais estão sendo criminalizados e desqualificados publicamente.

– Na medida que o Ministério Público e setores da Justiça começam a abrir processo contra ações de movimentos sociais na luta por vida, por dignidade, por liberdade, nós achamos que isso fere a democracia – afirma o deputado Pedro Wilson (PT-GO).

Um dos casos de maior repercussão nacional contra a existência dos movimentos sociais foi a divulgação, no final de junho deste ano, de documentos que comprovam a tentativa do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul de dissolver o MST. E foi esse o tema que concentrou as discussões da audiência pública.

O advogado Leandro Scalabrini, que divulgou as informações, contou como o MST foi descrito.

– São caracterizados como movimentos que deixaram de realizar atos típicos de mobilização social e passaram a atos de ações criminosas, taticamente organizados como se fossem operações paramilitares – afirmou Scalabrini.

Já o representante do MST no Estado, Sílvio Santos, relatou a forma como os agricultures são tratados no Rio Grande do Sul.

– Se trata os movimentos no RS com repressão, com criminalidade, impedindo o nosso direito de se organizar, de lutar, por uma questão básica que é o acesso à terra – relata.

A senadora Marina Silva (PT-AC) fez questão de participar da audiência. Para ela, não se pode generalizar as ações do MST a partir de eventos isolados.

– Não se pode utilizar o questionamento a algumas práticas isoladas para justificar qualquer veto ou forma de desconstituir aquilo que está previsto na constituição que é o direito à manifestação e à organização – afirma.

CANAL RURAL
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.