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 | 03/07/2008 13h41min

Ministro critica mercado e diz que plano para agricultura familiar une ousadia e responsabilidade

Guilherme Cassel defendeu formação de estoques oficiais e política de preços mínimos

Investimento, capacitação e comercialização. Estes são os três pontos centrais do Plano Safra Mais Alimentos, anunciado nesta quinta-feira, dia 3, em Brasília. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, as medidas anunciadas pelo governo combinam ousadia e responsabilidade.

– Estamos confiantes. Esse plano combina a ousadia para uma rápida modernização e a responsabilidade do país para combater a crise de alimentos – afirmou.

Ao falar sobre a comercialização, um dos pontos essenciais do Plano Safra, Cassel ressaltou a importância do Programa de Aquisição de Alimentos, do governo federal, e da política de garantia de preços mínimos.

O ministro fez duras críticas aos analistas de mercado, responsabilizando-os pelas dificuldades de armazenamento da produção agrícola enfrentadas atualmente. Segundo Cassel, foram dadas, no passado, garantias de que o mercado absorveria a produção mundial sem a necessidade de formação de estoques reguladores pelos governos.

 – Como tudo o que previram, estava errado. E hoje a falta de estoques e armazenamento público estimula a especulação.

Ao falar do primeiro dos três pontos essenciais do Plano Safra para a agricultura familiar, o investimento, o ministro reafirmou que o governo vai disponibilizar R$ 13 bilhões para crédito rural, além da simplificação das linhas de crédito do Pronaf.

O ministro do Desenvolvimento Agrário aproveitou a ocasião para fazer o que chamou de homenagem ao vice-presidente da República, José Alencar, que é forte crítico das altas taxas de juros no país.

– Em sua homenagem, vice-presidente, baixamos as taxas de juros em até 50%.

Sobre a capacitação, Guilherme Cassel, destacou a ampliação do orçamento para assistência técnica e extensão rural. Segundo o anúncio do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, a verba será de R$ 397 milhões e a rede no campo será ampliada de 20 mil para 30 mil técnicos.

– Não queremos repetir erros do passado. Não queremos tratoraço. Queremos nos modernizar para produzir mais e melhor, melhorar as condições dos trabalhadores e garantir preço justo para quem produz e quem consome, com compromisso com o meio ambiente.

Guilherme Cassel destacou também a assinatura de um convênio de cooperação com a Embrapa para melhorar a qualidade da assistência técnica rural no país.

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