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 | 03/07/2008 04h23min

Plano safra para a agricultura familiar será lançado nesta quinta

Juros mais baixos e injeção de R$ 13 bilhões no setor integram o programa

Carolina Bahia  |  carolina.bahia@zerohora.com.br

Com direito à exposição de máquinas em plena Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal, o plano safra 2008/2009 para a agricultura familiar será lançado nesta quinta-feira.

Juros mais baixos, estímulo ao investimento e injeção de R$ 13 bilhões no setor - R$ 1 bilhão a mais que no ano passado - integram o programa. Deste total, R$ 3,5 bilhões deverão ser direcionados aos produtores gaúchos.

Planejado para elevar a produção de grãos da agricultura familiar em 18 milhões de toneladas por ano, o chamado Plano Safra Mais Alimentos prevê ações para modernizar o campo. Depois de dois anos de negociação, o governo fechou com as indústrias uma parceria que deverá permitir a oferta de tratores e equipamentos a preços mais baixos.

Além da uma linha de financiamento com juros de 2% ao ano, o pequeno produtor ainda terá desconto de até 15% na compra.

- Já na Expointer o produtor terá acesso a essas condições - afirmou ontem, em Brasília, o diretor comercial da New Holland, Luiz Feijó.

A linha de crédito, com limite de até R$ 100 mil, poderá ser destinado a outros equipamentos, como resfriadores de leite, por exemplo.

A condição imposta pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, porém, é que sejam projetos destinados à produção de milho, feijão, arroz, trigo, mandioca, olerícolas, frutas e leite. Não por acaso, são alimentos particularmente sensíveis ao processo inflacionário.

Alimento incluído na cesta básica terá seguro maior

No ministério, uma tabela com os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revela o motivo da preocupação: dos 152 produtos que compõem o índice, 130 são cultivados pela agricultura familiar. Dentro desse mesmo raciocínio, o governo decidiu ampliar o seguro para alimentos da cesta básica (arroz, feijão, milho, trigo e mandioca) de R$ 1,8 mil para até R$ 2,5 mil.

- A pequena propriedade tem condições de dar a resposta rápida que o mercado precisa. Por isso, fizemos um plano mais barato e mais ágil - defende o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.

Para os financiamentos de custeio do Programa Nacional da Agricultura Familiar, as taxas de juros ficam entre 1,5% e 5,5% ao ano e de investimentos, entre 1% e 5% ao ano.

 
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