O dólar terminou o dia praticamente estável ante o real, mas acumulou queda de 10% no primeiro semestre do ano, período em que o país obteve o status de grau de investimento e que contou com elevações na taxa básica de juros pelo Banco Central (BC).

O dólar comercial avançou 0,06% nesta segunda-feira e fechou valendo R$ 1,597. No mês, registrou perda de 1,90%. No último pregão do ano passado, era cotado a R$ 1,775 — a taxa de hoje, portanto, é 10,03% menor. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista subiu hoje 0,09%, para R$ 1,597. Em junho, houve queda de 1,84% e, no semestre, de 10,14%.

BC

O BC foi agressivo no leilão de compra de dólares que realizou hoje no mercado à vista e com isso conseguiu influenciar a cotação da moeda americana, que zerou as perdas do dia ante o real.

Na intervenção, o BC pagou R$ 1,594 pelo dólar — no topo das propostas apresentadas e declaradas por tesourarias participantes e acima da cotação de mercado naquele horário, que era de R$ 1,592.

Petróleo

A atuação do BC anulou o efeito de queda nas cotações proporcionado pela melhora do cenário do mercado financeiro no Exterior. O petróleo, por exemplo, que chegou a renovar seu preço máximo histórico (a US$ 143,67 por barril), inverteu o sinal e fechou o dia em leve baixa (a US$ 140).

As bolsas de valores, em Nova York e São Paulo, registram alta hoje, com os investidores buscando pechinchas. Além disso, a formação da ptax (taxa média do câmbio), que será usada para a liquidação dos contratos futuros de dólar que vencem amanhã, também colaborou para a queda da moeda americana no mercado brasileiro mais cedo.