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 | 24/06/2008 06h43min

Desigualdade social diminui no Brasil, mostra Ipea

Bolsa-Família e salário mínimo maior elevam o ganho dos mais pobres

Com o empurrão da Bolsa-Família e do aumento real para o salário mínimo, o abismo entre os mais ricos e os mais pobres no Brasil diminuiu.

Em 2004, os 10% do topo da pirâmide ganhavam 27,4 vezes mais do que os 10% da base. No ano passado, a diferença caiu para 23,5 vezes. A mudança é revelada por estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) feito nas seis principais regiões metropolitanas.

A parcela dos trabalhadores brasileiros que recebe rendimentos mais altos no país teve aumento de 4,9% em seus salários nos últimos cinco anos, enquanto que nos de menor renda houve elevação de 22%.

Mesmo que o Brasil tenha avançado, o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, indicou que o país ainda precisa trilhar um caminho de vários anos para se tornar mais justo, se tudo correr bem. A desigualdade é medida por um indicador chamado Índice de Gini, que varia de 0 a 1 - quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. No primeiro trimestre deste ano, o indicador ficou em 0,505 para o Brasil (confira quadro acima).

Pochmann destacou que países com índice acima de 0,45 ainda são muito desiguais e têm "uma distribuição de renda selvagem e primitiva". Esse coeficiente só deverá ser atingido no Brasil em 2016, projeta, mantido um cenário de inflação baixa e estabilidade na atual taxa de crescimento.

O trabalho também revela que a renda obtida por meio de salários ainda responde, proporcionalmente, por pouco do rendimento total: 39,8% - parcela que se manteve praticamente estável entre 2002 e 2007. Para Pochmann, isso mostra que outros indicadores de renda - como lucros das empresas e juros, por exemplo - cresceram mais nesse período.

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