A Polícia Federal (PF) já prendeu 26 suspeitos de envolvimento nas fraudes em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre eles, servidores públicos, empresários e lobistas. Outras 12 pessoas que tiveram prisão decretada ainda não foram detidas. O esquema desviou R$ 700 milhões.

A operação é a maior da Polícia Federal neste ano, com a participação de mil agentes. São cumpridos mandados de busca e apreensão em sete estados, no Distrito Federal, inclusive na Câmara dos Deputados.

Os policiais federais deixaram os gabinetes dos deputados mineiros João Magalhães (PMDB), e Ademir Camilo (PDT), levando sacolas com documentos, HDs de computadores e um laptop. O ministro da Justiça, Tarso Genro, nega que a chamada Operação João de Barro tenha motivações políticas.

A Polícia Federal calcula que a desarticulação da suposta quadrilha pode impedir fraude em contratos que somam R$ 2 bilhões. O grupo desviava dinheiro destinado à construção de casas populares. A fraude ocorreria na transferência de recursos repassados pelo governo federal em convênios ou empréstimos cedidos pela Caixa Econômica Federal e pelo BNDES.