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 | 19/06/2008 15h32min

Blairo Maggi diz que desmatamento real em Mato Grosso representa 10% do cálculo do Inpe

Para o instituto, 794 dos 1.123 quilômetros quadrados da floresta amazônica foram devastados no Estado

Ao participar de audiência pública nesta quinta-feira, dia 19, na Câmara dos Deputados, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, voltou a questionar os números do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta o Estado como um dos campeões de desmatamento nos primeiros meses de 2008.

Maggi afirmou que seu Estado não tem "nada a esconder" e defendeu que o desmatamento real em Mato Grosso representa apenas 10% da devastação medida pelo Inpe.

De acordo com o instituto, 1.123 quilômetros quadrados da floresta amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de abril. Desse total, 794 quilômetros quadrados foram devastados somente em Mato Grosso.

Segundo Maggi, as divergências se devem a diferenças de metodologia. Enquanto o Inpe considera a degradação progressiva na conta do desmatamento, Maggi só contabiliza o corte raso, ou seja, áreas completamente devastadas.

– A degradação progressiva pode ser interrompida quando o Estado é comunicado e toma medidas para a recomposição florestal da área – argumentou o governador.

Blairo Maggi disse que já convidou representantes do governo, de organizações não-governamentais e do Congresso Nacional para verificar em campo a diferença entre o "alarme" do Inpe e os números defendidos por seu Estado.

– O ministro Minc [Carlos Minc, do Meio Ambiente] disse que não quer brigar com o termômetro. Nem eu. Mas é preciso verificar se o termômetro está aferido ou não. Uma febre de 37 graus é diferente de uma de 40 graus.

Segundo o governador, entre 2003 e 2007, o Estado de Mato Grosso reduziu o desmatamento em 80%. Conforme Maggi, 9,4 mil quilômetros quadrados de florestas foram economizados, o equivalente à cidade de São Paulo.

O governador de Rondônia, Ivo Cassol, também participou da audiência pública, promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

AGÊNCIA BRASIL
 
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