Após fechar os negócios de terça-feira na menor cotação desde janeiro de 1999, o dólar renovou a taxa mínima em relação ao real nesta quarta-feira e voltou a fechar no menor nível em nove anos.

No mercado interbancário, o dólar comercial cedeu 0,06%, cotado a R$ 1,607, na menor taxa desde 20 de janeiro de 1999 (quando foi negociado a R$ 1,5765). Naquele mês, o país viveu uma crise cambial, que culminou em uma forte desvalorização do real (entre os dias 12 e 29 de janeiro daquele ano, o dólar saltou de R$ 1,21 para R$ 1,98) e no fim das bandas cambiais.

Desde então, o regime de câmbio no país passou a ser flutuante. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista cedeu 0,06%, encerrando o dia a R$ 1,607, na taxa mínima do dia.

Os investidores do mercado doméstico de câmbio vislumbraram, ao longo da sessão de hoje, uma oportunidade para comprar dólares, diante do recuo da moeda norte-americana ontem.

Porém, o movimento, considerado pontual pelos especialistas, perdeu força faltando cerca de uma hora para o fim dos negócios hoje e inverteu a direção, levando a um novo fechamento em baixa ante o real — o terceiro consecutivo.

A tendência de queda do dólar em relação ao real vem sendo atribuída ao fluxo de recursos. As mesas de operações têm sido unânimes ao afirmar que as entradas de dólares superam as saídas e que não há demanda por moeda norte-americana, restando ao Banco Central (BC) o papel de enxugar os recursos.

Hoje, a autoridade monetária realizou, mais uma vez, o leilão de compra de dólares no mercado de câmbio. O BC pagou taxa de corte de R$ 1,614 no leilão. Além disso, o Banco Central informou que o fluxo cambial de junho até a sexta-feira da semana passada (dia 13) está positivo em US$ US$ 892 milhões.

No ano até o dia 13, o fluxo cambial está positivo em US$ 16,703 bilhões.