O dólar sustentou trajetória de queda ante o real durante toda esta segunda-feira, desde a abertura dos negócios. O movimento de baixa acompanhou o comportamento internacional da moeda americana ante as principais moedas estrangeiras e as perspectivas de fluxo positivo, que continuam fortes.

Ao fim da sessão, o dólar comercial fechou em baixa de 0,67%, cotado a R$ 1,625, na taxa mínima do dia no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista também fechou em queda de 0,67%, na mesma cotação, a R$ 1,625.

Hoje, duas novas captações foram comentadas nas mesas: da produtora de arroz Camil, que planeja levantar US$ 150 milhões por meio de uma emissão de bônus no Exterior; e do banco Sofisa, que pretende realizar uma emissão de eurobônus em dólares, em uma operação que faz parte de um programa de captação de até US$ 1 bilhão.

Além disso, operadores do mercado doméstico de câmbio avaliam que o rumo do dólar ante o real segue influenciado pelas operações de arbitragem (que buscam ganhar com a diferença entre as taxas de juros interna e externa), que continuam firmes, trazendo recursos estrangeiros para o país. O volume de operações de exportadores também continuam fortes, segundo estimam especialistas.

Agenda do dia

Hoje, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 771 milhões na segunda semana de junho (dias 9 a 13 deste mês). No acumulado do mês até a sexta-feira da semana passada (dia 13), o superávit está em US$ 1,155 bilhão e, no ano, US$ 9,810 bilhões.

No meio da tarde, o Banco Central interveio no mercado de câmbio, com o anúncio do leilão de compra de dólares. A autoridade monetária pagou taxa de corte de R$ 1,6258, no leilão. Segundo um operador, a autoridade monetária aceitou uma propostas entre cinco ofertas com taxas declaradas, que iam de R$ 1,625 na mínima à R$ 1,627 na máxima. Doze instituições "dealers" não informaram as taxas apresentadas na operação.