Notícias

 | 16/06/2008 17h17min

Nome de Delson Martini consta na lista de investigados da Operação Rodin

Ex-secretário presta depoimento à CPI do Detran nesta segunda-feira

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

Ex-secretário-geral de Governo e ex-peça chave do núcleo do governo Yeda Crusius, Delson Martini consta na lista de investigados na Operação Rodin em 2007, quando presidia a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). Essa será uma das informações que virão à tona na tarde desta segunda-feira, durante o depoimento de Martini à CPI do Detran. Ele teve os sigilos quebrados a pedido do Ministério Público Federal. O depoimento do ex-secretário começou por volta das 17h15min.

Martini teve sigilos fiscal, financeiro e bancário quebrados com autorização da Justiça Federal, mas as apurações envolvendo seu nome foram suspensas no período em que ocupou o cargo de secretário-geral de Governo (entre fevereiro e junho), já que passou a ter foro privilegiado, só podendo ser investigado com autorização do Tribunal de Justiça do Estado.

Filiado ao PSDB, Martini se tornou alvo na apuração da fraude milionária do Detran pelo fato de manter contatos freqüentes sobre assuntos da autarquia com dois investigados no caso, Antônio Dorneu Maciel, à época diretor da CEEE, e Flavio Vaz Netto, então presidente do Detran. Maciel e Vaz Netto estão entre os 13 suspeitos presos pela Polícia Federal em 6 de novembro e são réus no processo da Operação Rodin.

As informações oriundas da quebra dos sigilos de Martini fazem parte do expediente da Rodin e serão usadas pelos deputados na inquirição. Fora do secretariado, Martini não conta mais com a proteção do foro privilegiado.

Desde que surgiram suspeitas de que Martini, demitido do governo no dia 7, interferia em questões do Detran, a posição do Palácio Piratini era de que não havia na investigação do Caso Detran nada que comprometesse ele, a não ser conversas de "terceiros" nas quais ele era citado.

No dia 4, depois de a CPI do Detran divulgar, em sessão extraordinária, áudios de conversas interceptadas na investigação federal, Martini quebrou o silêncio que mantinha desde que seu nome começou a ser associado à apuração e deu uma entrevista coletiva. Anunciou jamais ter agido no Detran, argumentando que não poderia fazê-lo, uma vez que era presidente da CEEE.

Quanto às referências feitas a seu nome em diálogos de Vaz Netto e Maciel, sustentou que não poderia se responsabilizar pelo que terceiros diziam a seu respeito e explicou que todas as conversas nas quais foi citado davam conta de pedidos de audiência com a governadora.


 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.