O contratos do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em julho, os de referência nos Estados Unidos, fecharam nesta terça-feira com uma queda de US$ 3,04 (2,3%), cotados a US$ 131,31 o barril (159 litros).

Já os contratos da gasolina para também para julho caíram aproximadamente US$ 0,07, para US$ 3,3193 o galão (3,78 litros). Por sua vez, os contratos do gasóleo de calefação para o mesmo mês recuaram US$ 0,06, para US$ 3,8124 o galão.

Quanto ao gás natural, os contratos para o sétimo mês do ano encerraram o dia cotados a US$ 12,43 por mil pés cúbicos, depois de terem caído quase US$ 0,17.

A queda desta terça-feira do WTI esteve relacionada às previsões de que a demanda por petróleo nos países mais desenvolvidos vai diminuir até o fim do ano.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo médio de petróleo este ano será de 86,8 milhões de barris ao dia, 80 mil barris a menos do que havia sido calculado há um mês, mas 0,9% maior que em 2007.

A agência atribuiu a revisão para baixo a uma diminuição das subvenções aos combustíveis em Índia, Indonésia, Malásia, Sri Lanka e Taiwan.

Nos Estados Unidos, a Agência de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), que é a divisão estatística do Departamento de Energia (DOE), também revisou para baixo cálculos anteriores relativos ao consumo de combustíveis no país.

A agência calcula que o consumo de petróleo e derivados diminuirá em 440 mil barris em relação a 2007, segundo um relatório divulgado hoje.

Dados preliminares indicam que, frente ao primeiro trimestre de 2007, o consumo de petróleo no mundo aumentou em 630 mil barril em igual período deste. Mas, há um mês, a previsão era de que o aumento seria de aproximadamente um milhão de barris.

No caso dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa os 26 mais desenvolvidos do mundo, o consumo de petróleo nos três primeiros meses do ano caiu em 460 mil barris frente ao mesmo trimestre de 2007.

Segundo analistas, o preço do petróleo e dos combustíveis também caiu por causa dos sinais de valorização da moeda americana frente ao euro e a outras divisas, o que desestimula as compras de petróleo e de outras matérias-primas negociadas em dólares.