| 06/06/2008 12h57min
Foram mandadas pela Justiça de São Paulo cópias do processo da briga societária entre os sócios da VarigLog para a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigar a participação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no episódio de aprovação da estrutura societária da empresa junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
— Os indícios apontam para a prática de crime envolvendo a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva Erenice Guerra — afirmou o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo.
O assunto deve ficar a cargo do Ministério Público Federal, por envolver ministro de Estado . Caberá ao procurador Antonio Fernando de Souza analisar as denúncias e identificar se há ou não indícios da prática de crimes pela ministra e sua secretária-executiva. Caso encontre indícios, o procurador pode encaminhar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de inquérito.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, os crimes
que podem vir a ser investigados
são de favorecimento a um grupo privado e pressão sobre o órgão regulador. Em despacho proferido ontem, o juiz Magano manda remeter todo o processo de dissolução societária à PGR e destaca, em especial, a documentação do caso VarigLog na Anac.
Dilma Rousseff foi acusada pela ex-diretora da Anac Denise Abreu, na última quarta (4), de pressionar o órgão a tomar decisões favoráveis à venda da Varig e da Variglog ao fundo americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros. As informações são do site G1.
Em entrevista concedida ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira, Dilma negou todas as acusações e garantiu que a única interferência do governo na venda da VariLog foi a decretação de falência do grupo para que a empresa pudesse ser vendida.
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