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 | 05/06/2008 16h57min

Governo anuncia medidas para combater degradação ambiental

No Dia Mundial do Meio Ambiente, foram criadas três unidades de conservação na Amazônia

Viviane Cardoso  |  reportagem@canalrural.com.br

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo anunciou uma série de medidas para combater a degradação ambiental. Por meio de decreto foram criadas três unidades de conservação na Amazônia e também foi prorrogada a norma que restringe o corte ilegal de Mogno no país. A cerimônia contou com a presença de ministros, parlamentares e ambientalistas.

Em discurso improvisado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a data afirmando que os investimentos em biocombustíveis são um exemplo da preocupação dos brasileiros com o meio ambiente. Após defender a criação de uma Guarda Ambiental na Amazônia, o presidente – com ironia - rebateu as críticas internacionais sobre a preservação da floresta:

– Eu acho que somos tão solidários, pois vejam: o território é nosso, mas os benefícios que lá fazemos queremos partilhar com a humanidade, porque queremos que todos respirem ar verde produzido pelas nossas florestas.

O presidente também assinou um decreto criando três unidades de conservação: a Reserva Extrativista do Médio Xingu, localizada em Altamira, no Pará; a Reserva Extrativista de Ituxi, no Amazonas e o Parque Nacional de Papinguari, também no Amazonas.

Outra medida anunciada foi a prorrogação da norma que restringe o corte ilegal de mogno no país. O governo enviou ainda ao Congresso um projeto de lei que cria a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Também foi anunciada a criação de um grupo de trabalho, que terá 30 dias para elaborar a criação do Fundo de Proteção da Amazônia.

A idéia é captar recursos internacionais para projetos de preservação da floresta. Apesar de contar com recursos da iniciativa privada, o fundo vai ser gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a área total das unidades de conservação criadas pelo Decreto supera o montante de área degrada no ano passado na região Norte do país.

Empolgado com o anúncio, Minc declarou que outras áreas de proteção ainda vão ser criadas. Apesar de saber que não vai ser fácil aprovar no Congresso projetos de proteção ambiental, o ministro diz que o governo está disposto a negociar com os ruralistas.

– Vários setores do agronegócio estão com uma postura mais positiva e nós vamos conversar com eles – garantiu Minc.

Mas a política ambiental também é alvo dos ambientalistas. Segundo o diretor da ONG SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o governo está mais preocupado com o PAC do que com o meio ambiente.

– É um projeto ruim, que querem enfiar num acordo com empreiteiros e com políticos que não têm compromissos sociais. Isso a gente não pode admitir – afirmou.

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