As variações bruscas de temperatura afetam diretamente a produção do café. Nos últimos anos, produtores migraram de outros Estados para Minas Gerais em busca do clima bem definido. Mas estudos vêem mostrando o aumento das temperaturas e a redução das geadas. Com essas alterações, produzir o grão no Sul do país voltou a ser um negócio rentável.

O cerrado mineiro se tornou referência para a cafeicultura do país e seu clima bem definido atraiu produtores de outras regiões. No Paraná, os agricultores voltaram a investir no café e um dos motivos para isso é a redução do risco de geadas fortes como no passado. As temperaturas estão subindo.

– O aquecimento global é uma coisa que tem ocorrido, que é real hoje e a gente tem percebido que ele está instalado verdadeiramente, e ele tem causado o quê, porque que é aquecimento global, porque a temperatura média do planeta tem se elevado a níveis que a gente até pode chamar pequeno, meio grau, um grau. Só que isso, se vc for pensar em planeta é uma energia muito grande – afirma o agrometeorologista João Henrique Caviglione.

A tecnologia e a renovação dos cafezais vêm fortalecendo o setor e são alternativas para enfrentar as mudanças climáticas. Hoje, o área plantada do grão ultrapassa os 105 mil hectares, mas Caviglione ainda faz um alerta.

Ele adverte que as alterações na natureza, influenciadas pelo aquecimento global, colocam em risco toda a atividade agrícola, e no café não é diferente.

– As secas têm se tornado cada vez maiores, os períodos de chuvas intensas cada vez maiores, as ondas de frio, de frentes frias, as geadas, que é uma das causas preocupantes para o café, têm se tornado mais intensas nós temos observado e emperaturas altas também têm se tornado mais intensas. Então, na verdade, associado a mudanças climáticas temos uma série de fatores envolvendo e que põem em risco praticamente todas as atividades agrícolas como um todo.