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 | 03/06/2008 17h13min

Bancos centrais americano e europeu revelam plano para controlar inflação

Presidentes das instituições reconheceram que pouco poderão fazer para que a inflação não suba a curto prazo

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e o do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, destacaram nesta terça-feira a importância de controlar a inflação a médio e longo prazo no atual momento econômico mundial.

Trichet compareceu à Conferência Monetária Internacional (IMC, na sigla em inglês), realizada em Barcelona, enquanto Bernanke e o governador do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, participaram através de uma videoconferência.

Tanto Trichet quanto Bernanke reconheceram que pouco poderão fazer para que a inflação não suba a curto prazo, devido à pressão que as economias do mundo desenvolvido sofrem pelo aumento dos preços do petróleo e dos alimentos.

O presidente do BCE alertou que rapidamente "a inflação acabará afetando os consumidores", porque ambos os fatores (petróleo e alimentos) reativarão a alta dos preços.

No entanto, segundo Trichet, a solução passa pela manutenção dos atuais níveis de emprego e que os preços não disparem mais adiante.

Ambos concordaram que deve-se evitar "uma alta da inflação a médio e longo prazo", em palavras de Trichet, com quem seu colega americano se mostrou em muito boa sintonia.

Apesar das taxas de juros nos EUA terem alcançado seu nível mais baixo dos últimos quatro anos, aparentemente não haverá novas quedas, pelo que se viu no discurso de Bernanke. 

— Por enquanto, a política vai se concentrar na garantia de um crescimento moderado e na manutenção da estabilidade dos preços — afirmou.

Bernanke apontou "o caminho para o crescimento" da economia americana que geram os atuais níveis de preço do petróleo e advertiu que não se pode esperar preços baixos do produto a médio prazo.

Já Trichet evitou fazer referências à ações do BCE na reunião da próxima quinta-feira, na qual, provavelmente, vai manter o preço do dinheiro a 4%.

O responsável do BCE deixou claro que sua prioridade é a luta contra a inflação, ameaçada tanto pela alta do preço dos barris de petróleo quanto pelo aumento das matérias-primas e dos alimentos.

Além dos riscos da elevação dos preços, Trichet destacou o esforço dos bancos centrais em suas ações coordenadas para "ajustar e distribuir a liquidez, apesar de tudo, durante o período".

Na conferência, participam representantes de bancos privados de diferentes partes do mundo que aproveitaram para fazer algumas perguntas aos representantes dos bancos centrais, especialmente em relação com os fatores e a futura evolução dos preços do petróleo.

EFE
 
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