Começou nesta segunda-feira por volta das 16h20min, na CPI do Detran, o depoimento do réu no processo judicial relativo ao caso da fraude do Detran Antônio Dorneu Cardoso Maciel, que é ex-diretor da CEEE e ex-superintendente da Assembléia Legislativa. Durante o depoimento, Maciel alegou que não é "vilão".

Maciel teria tido, de acordo com as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP), atuação direta no esquema que desviou mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos. 

Editora de Zero Hora Dione Kuhn comenta o depoimento de Antônio Dorneu Cardoso Maciel na CPI do Detran:

Segundo o inquérito da PF, era no flat de Maciel, em Porto Alegre, que ocorria a distribuição do dinheiro obtido irregularmente aos envolvidos na fraude. Além do nome do ex-diretor da CEEE aparecer nas conversas telefônicas gravadas, a PF obteve imagens que mostram que malas de dinheiro eram levadas para o apartamento de Maciel.

Devido a uma decisão judicial, o ex-tesoureiro do PP Maciel responde aos parlamentares na condição de informante e tem o direito de permanecer em silêncio nas questões que o incriminarem. Ele está acompanhado por dois advogados na CPI.

No início do depoimento, após cumprimentar os deputados, Maciel destacou realizações da sua carreira na Assembléia, no governo e na CEEE. 

— Sou uma pessoa de bem e não o vilão que as atuais circunstâncias parecem demonstrar. Quem me conhece sabe do meu caráter. Só faço política com o coração, nunca com o fígado. Grande parte do sucesso que eu possa ter obtido na minha vida profissional deve ser creditada aos servidores com quem trabalhei, principalmente, na Assembléia — disse ele, lembrando seus "mais de 40 anos de homem público".

Com informações do blog da Rosane e do site da Assembléia Legislativa. 

Confira reportagem completa na edição de Zero Hora desta terça-feira.