O Brasil deverá produzir 125 bilhões de litros de álcool combustível em 2017, mais que o dobro do volume do ano passado. Com isso, terá volume suficiente para atender a demanda dos mercados da Europa e dos Estados Unidos.

É o que prevê um relatório da Comissão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As entidades alertam apenas para a retirada do dos subsídios dos países ricos ao comércio de combustíveis para evitar o impacto sobre os preços dos alimentos.

O economista Fábio Silveira, da RC Consultores, endossa as previsões da FAO e da OCDE. Ele concorda também que a produção brasileira pode atender a demanda dos Estados Unidos, mas levanta dúvidas sobre a demanda européia.

- Não há condições de crescimento tão grande de crescimento tão grande do mercado e etanol na Europa até porque há escassez de matéria-prima. Mas em relação ao mercado americano eu entendo que há um potencial grande e o Brasil pode atender – disse ele ao Agribusiness Online, nesta sexta-feira, dia 30.

A produção mundial de biodiesel deve saltar de 11 bilhões para 24 bilhões de litros em 2017. A liderança será exercida pelos europeus, com 13,2 bilhões de litros, seguidos pela Indonésia, com 2,9 bilhões e pelo Brasil, com apenas 2,5 milhões de litros.

Fábio Silveira disse acreditar no potencial produtivo do Brasil também para o biodiesel, mas, ao contrário do etanol, o produto será quase totalmente destinado ao mercado interno.