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 | 29/05/2008 17h21min

Barril do petróleo WTI fecha em queda de 3,4%, a US$ 126,62

Valor caiu US$ 4,41 em relação ao preço anterior

O preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) caiu nesta quinta-feira 3,4% ou mais de US$ 4 em Nova York, entre novos sinais de que retrocede a demanda por combustíveis nos Estados Unidos e o fortalecimento do dólar perante o euro e outras divisas.

A forte queda do valor do WTI ocorreu mesmo após o mercado constatar que as reservas diminuíram 8,8 milhões de barris na semana passada, embora o Departamento de Energia americano (DOE, em inglês) tenha atribuído o fato a atrasos na descarga de petroleiros no Golfo do México.

Ao fim do pregão na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para julho caíram US$ 4,41 em relação ao preço anterior, até US$ 126,62 o barril (159 litros).

Os contratos de gasolina para esse mês diminuíram US$ 0,04 frente ao preço anterior, para US$ 3,4042 o galão (3,78 litros). O preço do gasóleo de calefação para entrega em junho baixou quase US$ 0,14 em relação ao de quarta-feira e terminou a US$ 3,6885 o galão. O gás natural para julho reduziu em US$ 0,52 seu preço anterior e finalizou a US$ 11,47 por mil pés cúbicos.

Os dados de reservas anunciados hoje pelo DOE pegaram de surpresa os operadores, particularmente os relativas ao petróleo, pois refletiram uma diminuição de uma magnitude que não se registrava desde setembro de 2004.

O relatório semanal do DOE mostrou também novos sinais de que retrocede a demanda de combustíveis nos EUA, algo que já se percebe há alguns meses por causa dos altos preços na venda ao público e pela desaceleração da economia.

Combustíveis

O volume de combustíveis fornecidos ao mercado nas últimas quatro semanas, algo considerado referência do nível de demanda, foi de uma média de 20,5 milhões de barris diários, ou 0,7% a menos que no ano passado na mesma época.

A demanda de gasolina nesse mesmo período foi de 9,3 milhões de barris, 0,4% a menos que em 2007. Apesar de baixar a demanda, a gasolina e o diesel continuam sendo vendidos a preços recordes nos estabelecimentos americanos, afetando o orçamento familiar e as empresas.

O galão de gasolina e de diesel era vendido hoje de novo a preços históricos, a US$ 3,95 e US$ 4,78, respectivamente, segundo os dados divulgados diariamente pela associação automobilista AAA, a maior neste país.

A forte queda nas reservas de petróleo e de gasolina impulsionou imediatamente em alta os preços no começo do pregão e o barril de WTI chegou a ser negociado a US$ 133,12. No entanto, à medida que avançava o dia, diminuiu a pressão compradora e, por volta do meio do pregão, ficou clara a tendência de baixa nos preços.

Reservas

A redução nas reservas de petróleo deixou o total em 311,6 milhões de barris, ou 9,7% abaixo do nível do ano passado. As reservas de gasolina tiveram redução de 3,2 milhões de barris e o total, de 206,2 milhões, é 2,5% superior ao volume de há um ano.

As reservas de destilados, incluindo o gasóleo de calefação e o diesel, aumentaram em 1,6 milhão de barris, o que elevou o total a 109,4 milhões, um volume que é 11,6% inferior ao do ano passado.

O DOE deu a conhecer também os dados de reservas de gás, que aumentaram na semana passada em 87 bilhões de pés cúbicos, em linha com o esperado, e elevou o total a 1,7 trilhão.

O relatório do DOE refletiu ainda que as importações de petróleo aos EUA diminuíram na semana passada em 278 mil barris e foram de uma média de nove milhões de barris diários.

As refinarias americanas operaram a 87,9% de capacidade, um nível similar ao da semana anterior, mas aumentaram a produção de gasolina.

EFE
 
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