O preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) baixou nesta terça-feira 2,5% e já está abaixo dos US$ 129 em Nova York, em uma jornada na qual o dólar se fortaleceu e a gasolina bateu novos recordes na venda ao varejo nos Estados Unidos.

Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para entrega em julho caíam US$ 3,34 e terminavam a US$ 128,85 o barril (159 litros).

O preço do barril de Texas não ficava abaixo de US$ 129 desde o último dia 19 e na quinta bateu um recorde histórico de US$ 135,09 no mercado nova-iorquino.

Os contratos de gasolina para junho finalizaram a US$ 3,3830 o galão (3,78 litros), US$ 0,01 menos que a última cotação. O preço do gasóleo de calefação para entrega em junho baixou US$ 0,06 e ficou a US$ 3,7992 o galão.

O gás natural para junho diminuiu cinco centavos em relação ao preço de sexta-feira e terminou o pregão a US$ 11,80 por mil pés cúbicos.

O preço do WTI mostrou hoje uma firme tendência de baixa desde os inícios da atividade no pregão do Nymex, após ter subido quase 5% na semana anterior.

A queda de hoje teve relação com o fortalecimento do dólar no mercado de divisas, o que tende a desanimar o investimento em matérias-primas que, como ocorre com o petróleo ou o ouro, são negociadas em dólares nos mercados internacionais.

Os operadores estão à espera de conhecer na quinta-feira, um dia depois do habitual, os dados relativos a reservas nos Estados Unidos e também sobre o ritmo de trabalho nas refinarias, uma referência à qual o mercado presta bastante atenção nesta época.

Também analisarão os dados sobre a demanda atual de combustíveis nos Estados Unidos, depois que nas últimas semanas perceberam claros sinais de que é inferior a de um ano atrás.

O consumo de gasolina se situou em uma média de 9,3 milhões de barris diários nas quatro últimas semanas analisadas até agora pelo Departamento de Energia americano, até 16 de maio, o que representa uma queda de 0,4% frente ao ano anterior.

Apesar do retrocesso da demanda, os preços da gasolina e do diesel na venda ao público continuam em alta e hoje estabeleciam novos máximos históricos, segundo os dados divulgados diariamente pela associação automobilista AAA.

O galão de gasolina era vendido em média por US$ 3,93, US$ 0,34 mais que há um mês, e o galão de diesel se situava em US$ 4,76, US$ 0,52 mais que no mês anterior.

O encarecimento da gasolina e outros combustíveis, que repercute nos preços dos alimentos ou no transporte, entre outros setores, continua afetando a confiança dos consumidores americanos nas perspectivas da economia, segundo refletiu hoje a pesquisa mensal do The Conference Board.

O índice de confiança baixou 5,6 pontos neste mês frente a abril e se situou em 57,2 pontos, o menor nível em 16 anos.