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 | 23/05/2008 18h00min

Petróleo WTI sobe US$ 1,38 e fecha a US$ 132,19

O preço do barril superou pela primeira vez a casa dos US$ 135 em Nova York e em Londres nesta semana

O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) subiu nesta sexta-feira mais de US$ 1, e voltou a ficar acima dos US$ 132 em Nova York, no início de um fim de semana prolongado no qual milhões de motoristas nos Estados Unidos pagarão a gasolina a preços de recorde em suas viagens.

Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de petróleo WTI para entrega em julho ganhavam US$ 1,38 em relação ao preço anterior, e fechavam a US$ 132,19 por barril (159 litros).

Os contratos de gasolina para junho subiram US$ 0,6 e fecharam a US$ 3,3960 por galão (3,78 litros), e o gás natural para esse mesmo mês ganhou US$ 0,16, para US$ 11,85 por mil pés cúbicos.

Os contratos de gasóleo, no entanto, perderam US$ 0,08 em relação ao preço anterior, e fecharam a US$ 3,8656 por galão.

Hoje terminou uma semana que entrará para a história como aquela na qual o preço do petróleo superou pela primeira vez a casa dos US$ 135 em Nova York e em Londres, o que vem pressionando os preços da gasolina, com o conseqüente prejuízo para os consumidores.

A associação automobilística AAA calcula que 37,8 milhões de americanos viajarão este fim de semana e na segunda-feira, feriado do Memorial Day nos EUA e não há atividade na maioria de centros de trabalho, incluídos os mercados financeiros e de matérias-primas.

A forte alta da gasolina e outros combustíveis obrigou alguns americanos a restringir seus planos de viagem e inclusive a cancelá-los, segundo diversos pesquisas recentes.

O galão de gasolina era vendido hoje a um preço médio recorde de US$ 3,87, quase US$ 0,04 a mais do que na quinta-feira, e em alguns Estados, dentre os quais Nova York, o combustível já supera os US$ 4.

As fortes altas nos custos do combustível e da energia representam uma pesada carga para diversas empresas e indústrias do país, e reduz seus lucros, assim como os do comércio varejista, à medida que os consumidores limitam ou eliminam compras que consideram supérfluas.

Os especialistas acreditam que os preços da energia podem subir mais durante este ano, a menos que se percebam sinais contundentes de diminuição da demanda em nível global.

Nos EUA já se observam sintomas desse tipo, e os dados mais recentes do Departamento de Energia (DOE) situavam o nível de combustível enviado ao mercado — considerada referencial da demanda — em uma média de 20,3 milhões nas últimas quatro semanas, 1,3% a menos do que há um ano.

Apesar disso, o petróleo e os combustíveis seguem subindo no mercado atacadista e nos postos de gasolina do país.

Os dados mais recentes do DOE sobre reservas nos EUA também não contribuíram esta semana para acalmar os ânimos do mercado, apesar de as refinarias terem operado na última semana a 87,9% de capacidade, 1,3% a mais do que na semana anterior.

As reservas de petróleo perderam 5,4 milhões de barris, e seu volume total é 6,5% inferior ao de 2007. As reservas de gasolina desceram em 800 mil barris e deixaram o total 4,9% acima do nível de um ano atrás.

EFE
 
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