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 | 27/05/2008 11h14min

Presidente da CPI diz que Dilma mentiu e cria polêmica

Base aliada rebateu críticas da senadora tucana Marisa Serrano

Deputados e senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões Corporativos travam embate sobre o possível fim das investigações. A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), abriu a última reunião hoje com um discurso duro contra os parlamentares da base governista e a dificuldade da oposição em aprovar o requerimento de acareação entre André Fernandes e José Aparecido Pires, principais acusados de vazamento do suposto dossiê contra Fernando Henrique Cardoso.

Marisa Serrano ainda considerou que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mentiu à CPMI quando disse que não houve dossiê, e sim, um banco de dados.

— Ficou claro que houve um dossiê. A ministra Dilma quando veio a esta Casa não falou a verdade. Hoje sabemos onde foi feito e quem coletou os dados, mas não sabemos quem mandou e com qual o objetivo — disse.

A parlamentar acrescentou que haverá coleta de assinaturas para prorrogar a CPMI por mais 30 dias.

— Temos duas versões (a de André e a de Aparecido). Qual é a verdadeira? O direito prevê o contraditório. Negar a acareação não é civilizado nem republicano — disse a senadora, considerando fundamental depoimento simultâneo dos dois envolvidos para esclarecer as versões.

Na semana passada, o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), André Fernandes, disse que o ex-chefe de Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido, admitiu que o dossiê havia sido montado a mando da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Aparecido negou a declaração.

A defesa de Marisa Serrano em favor da aprovação do requerimento de acareação foi criticada pelos parlamentares da base governista.

— Queremos deixar claro que isso foi uma palavra da senhora, mas não exprime o sentimento da maioria dos membros da Comissão — retrucou o deputado Carlos Sampaio (PTC-MG).

Segundo o deputado, a CPI não alcançou o objetivo por conta dos partidos de oposição que focaram apenas em "fatos políticos" ligados ao Palácio do Planalto e à Casa Civil e esqueceram-se de apurar gastos com cartão corporativo nas universidades, por exemplo.

O relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que o requerimento de acareação entre André e Aparecido será rejeitado, porque não implica em fatos que possam complementar o relatório final:

— Houve pontos de discordância entre o depoimento do André e do Aparecido? Houve, mas, enquanto relator, quero dizer que isso não me interessa — disse.

AGÊNCIA BRASIL
 
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