Em sua primeira entrevista à imprensa desde que foi convidado pelo ministro Carlos Minc para assumir a presidência do Ibama, Roberto Messias – que tomará posse nesta semana – defendeu a criação da Guarda Ambiental da Amazônia, garantiu rigor na fiscalização das áreas de preservação, prometeu dar mais agilidade ao processo de concessão de licenças ambientais no país e afirmou que burocracia e crescimento econômico não combinam.

–  Tem que ser rápido, mas com qualidade e certeza de que dando uma licença nem a sociedade nem a natureza vão sofrer – disse.

Para Messias, o maior desafio da gestão do novo ministro do Meio Ambiente é garantir crescimento econômico aliado à preservação ambiental. Desde que foi indicado por Minc para comandar o Ibama, ele se prepara para dias intensos. Apesar de combater a degradação ambiental, preferiu não comentar a declaração polêmica do novo ministro do Meio Ambiente de que o desmatamento no Estado de Mato Grosso teria aumentado 60% nos primeiros cinco meses deste ano. Messias sinalizou que a frente do Ibama pretende manter uma relação mais amena com o setor produtivo.

Quem é

Geógrafo e ambientalista, Messias foi superintendente do Ibama de 2003 a 2007. No ano passado assumiu a função de diretor de licenciamento do Instituto. É filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ele assume a presidência do Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis no lugar de Bazileu Alves Margarido, que entregou o cargo após a saída da ex-ministra Marina Silva.