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 | 19/05/2008 20h37min

Brasil e EUA discutem comércio bilateral de produtos agropecuários

Países acreditam na liberação do comércio mundial como saída para conter a alta dos preços dos alimentos

Sonia Campos  |  reportagem@canalrural.com.br

Autoridades agrícolas do Brasil e Estados Unidos participam da terceira reunião do Comitê Consultivo Agrícola. Na pauta do evento, que acontece em Brasília até esta terça-feira, dia 20, os dois países discutem a alta dos preços dos alimentos. Para ambos, os biocombustíveis não podem ser culpados pela crise de alimentos.

Os maiores exportadores agrícolas do mundo concordam em vários pontos que a crise mundial de alimentos não é influenciada pela produção de biocombustíveis. Para os Estados Unidos, a última safra de milho foi a mais alta dos últimos 10 anos, com 13 bilhões de sacas, suficiente para atender a demanda de alimentos e de etanol. Para o Brasil, há terra de sobra e ambos concordam que a fonte renovável não é a vilã.

Para o secretário de relações internacionais do ministério, Célio Porto, o petróleo é o maior responsável pelo aumento da inflação, que eleva também a produção de alimentos, o que acaba equilibrando os preços.

Os dois países acreditam na liberação do comércio mundial como saída para conter a alta dos preços dos alimentos, mas o subsecretário dos EUA defende a ajuda financeira dada pelo governo norte-americano aos agricultores.

Já o subsecretário de programas agrícolas dos Estados Unidos, Mark Keenum, acredita que os subsídios tem um efeito muito pequeno na crise de alimentos e são necessários por causa das más condições climáticas enfrentadas pelos produtores. Segundo Keenum, a crise ocorreu pela redução de estoques e de produção e após o aumento da demanda em países como Índia e China.

Nas negociações bolaterais, os EUA cederam à pressão brasileira e confirmaram a visita de uma missão a Santa Catarina. O Estado reivindica o acesso ao mercado americano de carnes frescas desde maio do ano passado, quando a organização internacional de saúde animal declarou o Estado zona livre de aftosa sem vacinação.

Dos dias 9 a 13 de junho, o grupo irá analisar a cadeira produtiva catarinense. Do outro lado, o Brasil se comprometeu a concluir até o final do ano um estudo sobre a viabilidade técnica para a importação de trigo de algumas regiões dos EUA, impedidas de exportar para o Brasil por causa da infestação de pragas.

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