Sonia Campos  |  reportagem@canalrural.com.br

Os preços internacionais do leite dobraram nos últimos anos e a demanda cresceu, principalmente, nos países em desenvolvimento. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que o consumo de leite e derivados será crescente até 2050. Nos últimos três anos foram registrados aumentos de 3% ao ano no consumo.

Para especialistas, essa é uma oportunidade para o setor leiteiro nacional tornar-se um grande exportador mundial. O Brasil tem capacidade de expandir a área, melhorar a qualidade das forragens e o manejo com animais. Nos últimos 10 anos, a produção láctea no país saltou de 18,6 para 27 bilhões de litros.

Segundo o Ministério da Agricultura, no primeiro trimestre do ano a exportação de produtos lácteos subiu 119% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os grandes exportadores, está a União Européia. Austrália e Argentina diminuem a produção, mas, segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de leite, para o Brasil ocupar essa lacuna, é preciso investir em qualidade.

– Nós temos que avançar nessa questão da qualidade de forma definitiva, com seriedade, porque será, com certeza, o grande gargalo, a grande forma de o mundo retaliar as exportações brasileiras quando a gente começar a incomodar esse mercado que não é tão grande – afirma Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA.

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