| 01/05/2008 17h15min
Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) caíram pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira diante da recuperação do dólar frente o euro e o fim da greve de petroleiros na Nigéria. Esses dois fatores levaram os especuladores (que empurraram os preços para perto de US$ 120,00 por barril) a pularem fora do mercado.
No encerramento da sessão, os contratos de petróleo para entrega em junho estavam em US$ 112,52 por barril, queda de US$ 0,94 (0,83%). Em Londres, na ICE Futures, os contratos de petróleo Brent para entrega em junho caíram US$ 0,86 (0,77%) e fecharam a US$ 110,50 por barril.
A alta do dólar frente ao euro e outras moedas tirou parte do apelo do petróleo junto aos investidores, que durante meses apostaram na continuidade da fraqueza da moeda americana.
Quando o dólar ganha terreno, commodities como o petróleo perde seu valor como um seguro (hedge) contra a inflação, e estimula um movimento de
venda. Além disso, o dólar mais
forte tornar o petróleo (cujo preço é fixado na moeda americana) mais cara para os investidores de outros países.
Também pesou sobre os preços, o fim da greve de petroleiros na Nigéria — maior produtor da África. A gigante ExxonMobil informou que alcançou um acordo com os trabalhadores nigerianos e que estava retomando a produção de 800 mil barris/dia, que tinha sido paralisada pelo movimento.
A greve de oito dias ajudou a manter os preços da commodities elevados no início da semana. Apesar do recente declínio nos preços do petróleo bruto, os preços da gasolina provavelmente vão se manter em alta por enquanto.
A rápida escalada dos preços do petróleo ao longo do último ano esmagaram as margens de lucro das refinarias.
As refinarias têm de pagar pelo petróleo que transformam em combustível, mas elas não têm sido capazes de elevar os preços da gasolina no mesmo ritmo da alta do petróleo. Enquanto o petróleo subiu cerca de 73% no
ano passado, os preços da gasolina subiram apenas
22%. As informações são de agências internacionais.
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