| 25/04/2008 10h44min
Na série sobre as empresas que compõem o Índice Canal Rural (ICR), o repórter Mitchel Diniz fala desta vez sobre a Cosan, que é líder no setor sucroalcooleiro do Brasil. Fundada em 1936, em Piracicaba, no interior de São Paulo, a empresa é uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do mundo, e uma das maiores produtoras de energia renovável.
Em sua mais recente aquisição, a Cosan comprou 100% das ações da Esso, a quinta maior distribuidora de combustíveis do país. Com isso, a companhia passa a ser o primeiro produtor de etanol do mundo totalmente integrado - atuando da produção à distribuição do combustível.
– Nós estamos falando de um negócio com volume de vendas bastante grande; nós estamos falando de receitas superiores a R$ 9
bilhões por ano; e estamos falando aí de níveis de ebitda de
3%, alguma coisa em torno de 275 bilhões por ano – disse o vice-presidente financeiro da Cosan, Paulo Diniz.
– O grupo Cosan está investindo pesado nessa aquisição e estão investindo com o objetivo de crescer – complementa o presidente da Esso, Carlos Piotrowski.
Com o investimento, a tendência é que o carro-chefe da empresa deixe de ser açúcar e passe a ser etanol.
– Enquanto o açúcar está num pico de maturação, o etanol é embrionário. Todo crescimento futuro esperado é vindo realmente do etanol do que o açúcar. Consequentemente, isso deve mudar sim o portifólio da empresa. Etanol deve representar um peso muito maior no futuro – argumentou Diniz.
A Cosan detém o status de maior processadora de cana do Brasil. Por ano, são moídos 40 milhões de toneladas de cana. Em 2005, a companhia abriu capital na Bovespa e conseguiu captar mais de R$ 800 milhões com a oferta, que foram utilizados na compra de novas
usinas.
A história da Cosan no mercado
de capitais também é marcada por polêmicas. Depois de abrir capital na Bolsa de Nova York, a companhia tentou, por duas vezes, deixar a Bovespa para manter ações apenas nos Estados Unidos. Os acionistas minoritários reagiram, e a Cosan permaneceu na Bolsa de Valores de São Paulo. Mas, desde então, as ações da companhia tem acumulado uma queda de mais de 20%.
A compra da Esso deve ajudar a empresa a se recuperar no mercado financeiro.
– Isso certamente acaba somando à própria Cosan. Então, acho, como forma de você de novo estabilizar sua geração de caixa e, consequentemente, estar preparando outros passos no futuro, acaba sendo bem interessante – conclui Paulo Diniz.
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