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 | 23/04/2008 17h02min

Amorim diz que deve haver realismo na discussão com o Paraguai

O ministro disse não ter a resposta sobre o valor justo da tarifa

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira, dia 23, que existe boa vontade do Brasil em conversar com o Paraguai sobre a energia de Itaipu, mas com "realismo".

– O que há é boa vontade, sentido de Justiça, e deve haver também realismo. Vamos ter que combinar essas várias coisas. Vamos ajudar no que pudermos ajudar – afirmou Amorim, sem adiantar que tipo de proposta o Brasil pode apresentar aos paraguaios.

Ao ser questionado sobre as reivindicações do presidente eleito Fernando Lugo, Amorim respondeu que nem sempre as pessoas conseguem o que querem. Lugo defende que o Brasil pague mais pela energia que compra dos paraguaios e a revisão do Tratado de Itaipu.

– A vida é assim, às vezes as pessoas querem o que os outros não podem oferecer. A gente se encontra em algum lugar que seja razoável para os dois. Precisamos de uma região de paz, de desenvolvimento, que haja bom entendimento – disse, antes de participar da cerimônia em comemoração aos 35 anos da Embrapa, no Palácio do Planalto.

Indagado se a tarifa paga pelo Brasil ao Paraguai é justa, o ministro respondeu que não tinha resposta para essa pergunta. Em entrevista ontem, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ser justa a tarifa paga pelo Brasil.

O ministro Celso Amorim negou que tenha admitido uma possível revisão do tratado ou o aumento do valor pago pelo Brasil ao Paraguai.

– Nunca disse, ao contrário do que os jornais disseram, que o tratado poderia ser revisto, nem sequer, que eu me lembre, usei a palavra tarifa. Eu usei a palavra preço num sentido muito lato, compensação financeira por um serviço recebido – garantiu.

AGÊNCIA BRASIL
 
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