Notícias

 | 22/04/2008 18h10min

Ibovespa fecha em alta de 0,75%, próximo de recorde

Com o desempenho de hoje, os ganhos acumulados em abril foram para 7,29% e os de 2008, para 2,39%

O novo preço recorde do petróleo no mercado internacional (US$ 119,37 o barril em Nova York) e a alta das matérias-primas metálicas no Exterior, além do vencimento de opções sobre ações no mercado doméstico garantiram ao índice Bovespa da Bolsa de Valores de São Paulo fechamento positivo hoje, descolado da queda registrada nas Bolsas norte-americanas e principais praças européias.

No melhor momento do pregão, o Ibovespa chegou ainda mais perto do recorde de fechamento(registrado em 6 de dezembro passado, de 65.790 pontos), ao subir 1,18%, aos 65.689 pontos. Mas diminuiu um pouco os ganhos e fechou em alta de 0,75%, a 65.412,7 pontos. Na mínima do dia, operou estável, a 64.922 pontos. Com o desempenho de hoje, os ganhos acumulados em abril foram para 7,29% e os de 2008, para 2,39%.

O volume financeiro na Bolsa brasileira totalizou R$ 9,927 bilhões (preliminar), dos quais R$ 4,177 bilhões (preliminar) referiram-se ao exercício de opções sobre ações. O exercício hoje se estendeu pela tarde, já que às 11h32min o sistema MegaBolsa, de negociação dos ativos da Bovespa, saiu do ar e só retornou às 13h10min. A Bolsa, assim, levou o vencimento de opções para o período de 14h10min às 15h40min e, com isso, restou pouco tempo ao pregão doméstico para reagir à queda das bolsas internacionais.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la.

Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

No período remanescente do exercício, petróleo e metais garantiram a elevação das empresas relacionadas. Petrobras ON subiu 1,16% e PN, 1,06%. O petróleo fechou hoje em alta de 1,61%, a US$ 119,37, outro recorde, assim como o teto negociado durante a sessão, de US$ 119,90 em Nova York.

O aumento do óleo foi puxado pelos sinais de forte demanda da China, problemas na oferta — com os ataques a unidades petroleiras na Nigéria —, e temores com o cenário da oferta da Arábia Saudita, depois que o país confirmou que congelou os planos de qualquer nova expansão da capacidade, além da meta dos 12,5 milhões de barris/dia que o país deve atingir no próximo ano.

Vale também fechou em alta (3,26% as ON e 2,42% as PNA), no mesmo sentido dos metais negociados em Londres. A fraqueza do dólar, o preço recorde do petróleo e a greve em andamento no Chile justificam a alta destes produtos.

Nos Estados Unidos, as Bolsas terminaram em queda firme, pelo segundo dia consecutivo — à exceção do Nasdaq, que ontem subiu. As perdas no final foram menores do que as registradas no pior momento do dia. Dow Jones recuou 0,82%, S&P, -0,88%, e Nasdaq, -1,29%. Os motivos do declínio lá foram os mesmos que pautaram muitos tombos outrora: indicadores fracos e balanços ruins.

Agência Estado
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.