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 | 10/04/2008 23h52min

CPI do Detran: Patrícia Bado dos Santos também se cala

Como Nilza Terezinha Pereira, segunda depoente da noite usou o direito de se manter em silêncio

Como a depoente que a precedeu, Patrícia Bado dos Santos usou o direito de se manter em silêncio na maioria das perguntas formuladas pelos deputados nesta quinta-feira à noite, durante inquirição da CPI do Detran.

Patrícia compareceu à reunião acompanhada pelos mesmos advogados do seu marido e ex-presidente do Detran, Carlos Ubiratan dos Santos, e da sua sócia na NT Pereira, Nilza Terezinha Pereira. Os três são indiciados pela Polícia Federal na Operação Rodin.

No início do seu depoimento, Patrícia informou que falaria "aquilo que achasse conveniente e usaria o direito ao silêncio quando julgasse necessário".

Ela afirmou que é advogada há cerca de 16 anos, que não exerce militância política e que a empresa NT Pereira foi criada em 2005 no ramo de compilação de dados. Patrícia afirmou também que é sócia da empresa Celebrar, Festas e Eventos. Sobre a relação com Nilza Pereira, relatou ter uma amizade de muitos anos.

Silêncio

Patrícia se recusou a informar o faturamento da NT Pereira nos últimos cinco anos, o capital social, o objeto e o nome dos sócios da empresa, se houve alteração contratual para adequação à Fatec. Também não disse se comprou imóvel rural para turismo rural, se havia um quadro técnico da empresa, por que razão, como sócia e administradora da NT Pereira, teria emprestado dinheiro ao marido, em vez de retirá-lo em seu próprio nome, e por quê Carlos Ubiratan teria telefonado à Fatec questionando atraso no pagamento às sistemistas.

Ela não quis explicar a forma como teria se dado o suposto contrato da NT Pereira com a Newmark, se houve participação de Lair Ferst e Carlos Ubiratan no negócio, se as direções da Fatec e do Detran tinham conhecimento dos contratos, quais os clientes da NT Pereira antes e depois do suposto contrato com a Newmark, se os preços cobrados pela empresa estavam na média do mercado ou superfaturados, se a empresa foi um instrumento para o desvio de R$ 40 milhões e as circunstâncias do suposto empréstimo de R$ 550 mil em favor do marido.

Contradição

O vice-presidente da CPI, deputado Paulo Azeredo (PDT), apresentou documento da Junta Comercial, referente à formação societária da empresa NT Pereira e datado de 2 de abril de 2008, no qual não consta o nome de Patrícia Bado dos Santos.

Conforme o deputado, o documento contradiz declaração da depoente, que afirmou ser sócia da empresa. Azeredo solicitou averiguação jurídica sobre a possibilidade de aplicação do artigo 342 do Código Penal (crime de falso testemunho) no caso.

As informações são da Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.

 
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