A Petrobras divulgou nota hoje detalhando os planos para a refinaria de Okinawa, no Japão. Segundo a nota, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, concedeu entrevista coletiva à imprensa hoje em Tóquio, na qual destacou que a refinaria Nansei Sekiyu, de Nishihara, de Okinawa, "representa um importante passo na estratégia da companhia de ampliar sua presença no mercado de derivados de petróleo, e também de etanol, no Leste da Ásia".

Segundo a nota, a refinaria, com capacidade para processar até 100 mil barris de óleo leve por dia, processa, atualmente, cerca de 35 mil barris. "A Petrobras pretende aumentar gradativamente a produção até a carga máxima, visando, além do mercado japonês, chegar a Cingapura, Vietnã e Malásia, entre outros", diz o documento.

Gabrielli disse na entrevista, segundo a nota, que "temos uma grande operação comercial a partir dos nossos escritórios em Cingapura e Pequim", acrescentando que "nosso escritório em Tóquio é de representação financeira, mas agora, com a refinaria Nansei, vamos ampliar nossa presença produtiva no setor de petróleo e combustíveis no Japão e no Leste Asiático", disse.

O presidente afirmou que a Petrobras avalia o uso de petróleo pesado na refinaria.

— Estamos estudando a possibilidade de crescer a capacidade de refino e permitir o processamento de petróleo pesado nessa unidade — comentou.

Gabrielli falou também sobre projetos de exportação de etanol para o mercado japonês, lembrando que, no final de 2005, a Petrobras, em parceria com a estatal japonesa Nippon Alcohol Hanbai KK, criou a Brazil-Japan Ethanol, com o objetivo de introduzir o etanol brasileiro no mercado japonês.

De acordo com a nota, amanhã, em Okinawa, a comitiva da Petrobras visitará a refinaria Nansei Sekiyu e se encontrará com o governador de Okinawa, Nakaima Hirozaku, e o prefeito de Nishihara (município onde está localizada a refinaria), Arakaki Seiyu. A Nansei Sekiyu tem como sócios a Petrobras (com 87,5% de participação) e a Sumitomo (com 12,5%).