| 01/04/2008 17h41min
Após ensaiar alta durante a manhã desta terça-feira, impulsionado pela apreciação do dólar nos mercados internacionais de moedas em meio à cautela com novas baixas contábeis de bancos europeus, a moeda americana inverteu a trajetória em relação ao real. A depreciação foi influenciada pelo fluxo cambial positivo e pela retomada do interesse por ações, que assegurou firmes ganhos às bolsas de valores.
Por isso, o dólar interrompeu três altas consecutivas para fechar em baixa. O dólar comercial cedeu 0,46%, para R$ 1,745. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista recuou 0,40%, também para R$ 1,745. O giro total à vista diminuiu 31%, para cerca de US$ 1,962 bilhão.
No mercado externo de moedas, o dólar ganhou sustentação ante o euro diante dos sinais de desaceleração econômica combinada com inflação nos mercados europeus e do contágio da crise de crédito de segunda linha (subprime) em instituições européias. Às 16h54min, o euro caía
1,12%, a US$ 1,5599.
Os principais índices acionários europeus, americanos e do Brasil reagiram estranhamente bem aos anúncios do banco suíço UBS de uma baixa contábil adicional de US$ 19 bilhões no primeiro trimestre e do banco alemão Deutsche Bank de que fará baixas contábeis de US$ 3,9 bilhões, depois das baixas de US$ 3,6 bilhões do ano passado.
Incluindo esses resultados, segundo o blog Deal Journal, do Wall Street Journal, as baixas contábeis dos bancos superam US$ 140 bilhões. Segundo dados preliminares, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, terminou o dia em alta de 3,21%. No Brasil, o Índice Bovespa subia 2,93%, na máxima do dia, a minutos do encerramento do pregão.
Pior da crise já pode ter passado
Segundo operadores, essas informações alimentaram um sentimento entre investidores de que o pior da crise do crédito já pode ter passado. Por isso, houve uma corrida às ações. Além disso,
os indicadores americanos ajudaram, principalmente o índice de atividade
industrial no setor de manufatura do Instituto para Gestão de Oferta (ISM).
Este índice veio melhor do que o esperado, embora continue mostrando contração da economia dos EUA uma vez que se mantém abaixo de 50: subiu para 48,6 em março, de 48,3 em fevereiro, contrariando as estimativas de queda para 47,5 dos economistas. Já os gastos com construção nos EUA caíram 0,3% em fevereiro.
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