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 | 31/03/2008 10h54min

Governo francês diz que Gerdau estuda compra de siderúrgica no país

Arcelor-Mittal estaria fechando por não ser "suficientemente competitiva"

Atualizada em 08/04/2008 às 05h48min

O grupo Gerdau e sua filial espanhola Sidenor estariam estudando apresentar sua candidatura à compra da usina que a siderúrgica Arcelor-Mittal tem em Grandrange, no nordeste da França. O Ministério da Economia francês confirmou nesta segunda-feira que sua titular, Christine Lagarde, recebeu na sexta o vice-presidente da Gerdau, Paulo Fernando Bins de Vasconcellos, e o diretor-geral da Sidenor, José Antonio Jainaga. A Gerdau negou o interesse.

— Ao término da reunião, se recomendou ao grupo Gerdau, que por enquanto não apresentou nenhum tipo de oferta de compra, que entre diretamente em contato com a direção da Arcelor-Mittal para esclarecer, eventualmente, suas intenções — explicou o ministro, que afirmara ontem que "o principal objetivo" do governo francês era salvar os empregos da fábrica: — Sei que pode haver parceiros privados interessados, e nosso trabalho é atraí-los.



Nas últimas semanas, circularam diversos nomes de companhias interessadas na compra da usina, dentre as quais os da britânica Corus (recentemente comprada pela indiana Tata Steel), da francesa Ascometal (do grupo Severstal) e do alemão Saarstahl. No entanto, a direção da Arcelor-Mittal reiterou que ainda não recebeu nenhuma oferta concreta pela unidade. Além disso, a empresa, líder mundial no ramo da siderurgia, organiza um comitê extraordinário em Grandrange para a próxima sexta-feira, convocação que os sindicatos interpretaram como a formalização do anúncio do fechamento da fábrica.

Isso poderia significar a perda de cerca de 600 postos de trabalho. Esses temores se vêem reforçados pelo fato de que os sindicatos receberam, no sábado, a resposta da empresa ao contra-projeto que tinham elaborado para evitar o fim das atividades da siderúrgica. Na resposta, a Arcelor-Mittal reitera suas análises anteriores, que apontavam que a usina não era suficientemente competitiva, e que as alternativas sugeridas pelas centrais não seriam uma solução para o problema.

EFE
 
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